Após o cantor Leonardo ter o nome incluído pelo governo na "lista suja" do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revelações sobre a rotina dos trabalhadores foram expostas nesta quarta-feira (9), incluindo funcionários que dormiam em meio às fezes e recebiam apenas R$ 150 por dia.
Segungo o relatório, os 6 funcionários viviam em condições análogas à escravidão com jornada de trabalho de 10 horas diárias, sem contrato e descanso semanal remunerado. Outro fato chocante é que os rapazes enfrentavam infestação de morcegos e animais peçonhetos, além das camas improvisadas em tábuas de madeira.
Resgatados em uma das fazendas do cantor Leonardo, um dos trabalhadores tinha apenas 17 anos de idade. O Ministério concluiu que os homens não tinham água encanada e improvisavam para tomar banho com água do poço. As necessidades eram realizadas ao ar livre.
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Segundo as informações do g1 Goiás, o artista foi incluído na lista após uma fiscalização realizada na Fazenda Talismã, localizada em Jussara, região noroeste de Goiás. A propriedade está avaliada em R$ 60 milhões.
A assessora do cantor chegou a afirmar que o caso foi julgado e que parte do imóvel, sob nome de outra pessoa, estaria realizando o plantio de soja. Além disso, de que o cantor não tem conhecimento das práticas de trabalho escravo.
Segundo os funcionários, as atividades eram dedicadas a remoção de restos de árvores, além de raízes e materiais do solo para o cultivo. A escala de trabalho começa às 7h e terminava às 17h. Leonardo também enfrenta a alegação de que o grupo não recebia o pagamento em dias não trabalhados, seja por folga ou motivos de doença.
Jonattas Neri
Jonattas Neri
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