Filhos de Cid Moreira perdem herança de R$ 60 milhões; entenda

O testamento do jornalista Cid Moreira, que morreu aos 97 anos na última quinta-feira (3), surpreendeu ao estabelecer a retirada do direito à herança por parte de Rodrigo e Roger Moreira, filhos do apresentador e locutor.

A informação foi confirmada por Davi de Souza Saldaño, advogado da viúva, Fátima Sampaio Moreira, à Folha de S.Paulo. Segundo o advogado dos filhos de Cid Moreira, o jornalista deixou um patrimônio avaliado em R$ 60 milhões.

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Roger e Rodrigo entraram com um pedido formal na Justiça para terem acesso total ao testamento. Além disso, indicam que o patrimônio é dividido em R$ 40 milhões em imóveis e outros R$ 20 milhões em contratos envolvendo direitos autorais.

Ainda no pedido, os filhos de Cid Moreira alegam danos psicológicos supostamente causados pelo pai durante o segundo casamento. A defenda de Fátima, viúva do comunicador, define a acusação como "lamentável e inoportuna".

"A postura demonstra, de forma indisfarçável, que eles nunca tiveram interessados em outra coisa senão o patrimônio do pai", afirmou o advogado Saldaño, em entrevista à "Folha de S. Paulo".

"Cid Moreira manifestou em testamento público, motivadamente, a vontade de deserdar os dois filhos, com base na indignidade prevista no Código Civil brasileiro, excluindo-os da sucessão. Todo ano ele refazia o testamento acompanhado de diversos laudos médicos comprovando sua capacidade civil", disse o representante judicial de Fátima Sampaio.

Cid Moreira e filhos travam briga judicial desde 2021

Conforme o Metrópoles, Moreira e os filhos travam briga pública desde 2021. Na ocasião, os dois chegaram a pedir a interdição do pai, alegando que Fátima Sampaio estava usando o patrimônio de forma indevida.

Ainda segundo o filho dos jornalistas, a madrasta teria vendido 11 dos 18 imóveis que Cid Moreira possuia, além de transferir R$ 40 milhões ao exterior e ter mantido o jornalista em cárcere privado.

A ação dos filhos foi arquivada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2023.

Ao Uol, em julho de 2022, Cid afirmou que comprou a sanidade mental na Justiça e disse que os filhos "erraram de uma "maneira definitiva" por "interesse financeiro".