Fernanda Montenegro completou 95 anos na última quarta-feira (16). Consagrada no Brasil e reconhecimento internacional, a atriz foi homenageada com um Tributo na Globo, que já está disponível na íntegra no Globoplay e será exibido na noite desta quinta-feira (17) na TV aberta, ela relembrou o início da carreira e detonou os salários da emissora.
Em uma passagem rápida do tributo, segundo Fernanda Montenegro falou do período de 1970 a 1981, e quando começou a receber propostas para trabalhar na TV. Segundo ela, os salários eram "infames".
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"De 1970 a 1981, foi só teatro. Tinha convites da Globo, mas eram sempre salários infames, compreende? Uma proposta muito baixa de salário", detonou.
Ainda na passagem, Fernanda relembra uma conversa com o marido Fernando Torres, que faleceu em 2008.
"Eu disse: 'Fernando [Torres, marido da atriz], nós estamos loucos? Nós não podemos pôr a nossa vida na televisão. Não. Nós temos que comandar nossa vida mesmo que seja modestamente, e é o teatro'", diz.
"E justamente no período em que a Globo gritava que quem era bom estava na Globo. E a gente ria, porque a gente se achava muito bom e não estava na Globo. Que ótimo, nós dois sejamos talvez os únicos bons que não estavam na Globo. Que ótimo, nós dois sejamos talvez os únicos bons que não estavam na Globo. E ficamos aí totalmente voltados só para o teatro, pelo Brasil inteiro", continua.
Fernanda Montenegro sobre mortes de artistas
Recentemente, Fernanda Montenegro refletiu sobre as mortes de artistas. No final da peça "Alma Despejada", espetáculo protagonizado por Irene Ravache, revelou que as perdas foram bastante significativas, especialmente para a sua geração.
A atriz chamou a atenção para as mortes de Nicette Bruno, que morreu em 2020, vítima de covid-19, aos 87 anos. Além dela, o comunicador Silvio Santos faleceu no último dia no dia 17 de agosto em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1).
"Estou muito espantada! Tem muita gente indo embora. Muita gente não só da nossa área, mas da nossa memória cultural e política", disse ela.
"Quando a Nicette foi embora, tive uma coisa espantosa de finitude. E toda hora vai alguém da nossa memória. eu nunca vi sem rir, ela era feliz. Eu estreei teatro ao lado dela e ela era feliz, era espiritualista, era espírita, recebia seus espíritos e era feliz. Vivia sorrindo", completou a artista veterana.
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Nathália Amorim
Nathália Amorim
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