Em abril, a cantora IZA decidiu mostrar para os fãs, seguidores e curiosos como é o seu cabelo natural, sem os apliques e tranças que costuma a usar no dia a dia e em suas apresentações.
"Este é meu cabelo natural. Vocês sempre pedem para eu mostrar e hoje estou mostrando. Tirei as minhas tranças. Foram quatro anos de transição Vale muito a pena. Por isso, meninas que estão em transição, não desistam", disse na época.
Em entrevista a Globo.com, a cantora revelou que alisava o cabelo desde os 12 anos de idade, além de não conhecer, durante muito tempo a textura natural dos fios. A artista ainda relembrou o tempo em que adotava o alisamento, o perigo do excesso de química e, por fim, ainda incentivou que as mulheres que passam pela transição capilar não desistam do processo, ainda que, depois, decidam adotar os fios tratados quimicamente:
" De repente, eu vi que eu tava em transição capilar. Acho que com os 23, 22 anos, eu comecei. Eu alisava meu cabelo, fazia o relaxamento. Fazia isso e fazia escoava, depois de um tempo, eu só fazia isso. E aí eu percebi que eu ficava me enganando. Passei uma vida inteira sendo a única negra da escola que eu estudava e eu sempre acreditei muito naquilo que as pessoas me falavam e eu nunca me questionei porque eu alisava o meu cabelo.Eu comecei a alisar com 12 anos e eu nem culpo minha mãe por isso. Ela foi vencida porque eu voltava chorando da escola todos os dias. Eu acabei começando muito cedo, o que foi muito nocivo para o meu cabelo. Quando eu parei de alisar, meu cabelo tava precisando de muito cuidado. Eu fiz o big chop ( grande corte da química) sozinha em casa e foi libertador para mim, porque pela primeira vez eu fitei e vi a textura do meu cabelo. Eu comecei a usar as tranças porque eu gosto de volume também. Não existe só uma forma de passar pela transição. Você não é obrigado a seguir um modelo, você tem só que encontrar o seu. É uma dica para quem tá fazendo transição, não é processo fácil. A gente fica se achando meio feia. É um processo delicado. Não desista da transição, depois de você ver como é realmente é seu cabelo e decidir alisar, isso é um problema seu. A gente tem que pensar nisso, empoderamento tá aqui para liberar todo mundo. Ninguém é obrigado a ter cabelo crespa, depois de se sentir crespa. A gente tem é mais que se feliz. Vale a pena se descobri e se amar por inteiro", revelou.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade