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'Esquenta' homenageia dançarino 'DG' em programa especial

"O programa era para ser só alegria, mas a realidade da periferia brasileira se impôe sobre os assuntos discutidos", disse a apresentadora

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27/04/2014 às 13:24 • Atualizada em 27/08/2022 às 23:33 - há XX semanas
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O'Esquenta' deste domingo (27) homenageou o dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, morto por um tiro na última terça-feira (22) no Rio de Janeiro, O rapaz, fazia parte do Bonde da Madrugada, que se apresenta na atração semanalmente. Com um discurso emocionado, Regina Casé falou sobre a dificuldade em apresentar o programa após a perda do rapaz.
"O programa era para ser só alegria, mas a realidade da periferia brasileira se impõe sobre os assuntos discutidos. Não escolhi fazerum programa jornalístico. Hoje, infelizmente, não vamos colocar no ar o programa lindo que já estava pronto. Saímos do velório sem conseguir pensar em nada, mas precisando pensar em tudo", disse.No palco do programa, Fátima Silva, mãe do rapaz, mostrou fotos da infância do filho: "Ele sempre foi muito extrovertido, alegre. Quero lembrar dele rindo, porque ele não era triste". A irmã, Jaqueline Fernandes, também falou e se comoveu: "Ele não era só meu irmão. Ele era meu confidente".
A plateia estava toda de branco e contou com alguns artistas que conheceram DG no 'Esquenta' ou em festas no Rio de Janeiro, como Leandra Leal, Carolina Dieckmann, Fernanda Torres, Preta Gil e Fernanda Paes Leme, que se emocionaram mundo. "Vivi momentos tão alegres com o DG e nem o conhecia. Fiquei chocada ao saber que ele é mais uma vítima da nossa desigualdade", Fernanda Torres.Entenda o casoO corpo de Douglas Rafael, que se apresentava como dançarino no programa Esquenta, da TV Globo, foi encontrado dentro de uma escola municipal do Pavão-Pavãozinho por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade na última terça-feira (22). De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o laudo de local apontou que as escoriações no corpo de Douglas são compatíveis com morte ocasionada por queda. Mas na manhã da quarta-feira (23) o resultado do atestado de óbito dizia que o falecimento foi causado por "hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax. Ação pérfuro-contundente". Em outras palavras, o tórax de DG foi perfurado por um objeto – podendo, inclusive, ser uma bala –, com pontos de entrada e saída, o pulmão sangrou demais e ele não resistiu aos ferimentos.A morte de Douglas Rafael, de 26 anos, provocou um protesto dos moradores, que acenderam fogueiras e fizeram barricadas nas vias de acesso à comunidade. A manifestação obrigou a interdição ao tráfego da Avenida Nossa Senhora de Copacabana e da Rua Raul Pompéia, duas das mais importantes vias do bairro de Copacabana, no trecho próximo à favela. A saída da estação Ipanema do metrô para a Rua Sá Ferreira também foi fechada.

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