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Entrevista: Gal Costa fala sobre show, Salvador e rebate polêmica

Uma das principais artistas da música popular brasileira conversou com o iBahia

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03/10/2012 às 15:02 • Atualizada em 28/08/2022 às 13:17 - há XX semanas
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Gal faz show em Salvador no dia 26 de outubro, no Salvador Barra Hall
Com show marcado em Salvador no dia 26 de outubro, no Salvador Barra Hall, Gal Costa apresenta a turnê do seu novo disco, Recanto, gravado em 2011, com composições e produção de Caetano Veloso. Veja também: Gaby Amarantos e rap são os maiores destaques do VMB 2012; baianos saem sem prêmios "Não tenho nenhuma saudade da Bahia", revela Gal Costa Gal Costa já tem data marcada para novo show em Salvador Programe-se com a agenda de shows Neste momento da carreira, a artista levou indicações ao Video Music Brasil (VMB), Prêmio Multishow e Grammy Latino. O último trabalho de Gal foi considerado por alguns críticos como o melhor de 2011 e traz uma nova sonoridade, mais alternativa, entre música eletrônica, rock e dub step. Essa é mais uma das inovações que acompanham a trajetória da baiana. Em turnê pelas cidades brasileiras, o ano de 2012 parece agitado para Gal. Além das indicações, a voz da cantora volta para a televisão na novela Gabriela, da Rede Globo, e ganha espaço nos cinemas com o documentário Tropicália, de Marcelo Machado. Aproveitando esse momento intenso, o iBahia conversou por e-mail com a artista que falou da nova fase na carreira, a parceria com Caetano e a polêmica declaração que supostamente fez sobre Salvador. Confira a entrevista. iBahia - Sua trajetória na música é marcada por projetos ousados e inovadores, sendo sempre considerada uma artista à frente do seu tempo. Para muitos Recanto segue essa marca vanguardista... Gal Costa - É verdade. Minha carreira é feita de muitas mudanças, algumas radicais, e essa é uma faceta da minha personalidade. Recanto tem a ver com minha história, minha carreira. iBahia - Neste novo trabalho é possível perceber uma veia mais alternativa, mesclando música eletrônica, rock e dub step, tudo bem diferente do que você já havia feito. Qual foi o maior desafio na construção desse trabalho? Em que ponto toda esta inovação interfere no seu canto? Na faixa Autotune Autoerótico, por exemplo, você até brinca com o citado programa de áudio... GC - Estou acostumada a cantar com sonoridade eletrônica. Nos anos sessenta usei música eletrônica e era uma cantora quase roqueira. Experimentei muitas sonoridades nesta época. Portanto, não há como não ter familiaridade com esse tipo de arranjo e sonoridade.
"(O show) em Salvador será mais especial por ser a minha terra"
iBahia - O que os fãs baianos podem esperar do show no dia 26 de outubro, em Salvador?GC - Um show bonito, emocionante, como tem sido em todas as cidades por onde passamos. Em Salvador será mais especial por ser a minha terra. iBahia - Ao longo desse período de divulgação o disco foi considerado pela crítica um dos melhores de 2011 e recebeu indicações ao Video Music Brasil (VMB), Prêmio Multishow e ao mais recente Grammy Latino. Como você avalia hoje a repercussão deste disco? GC - Esse disco foi sempre muito instigante e querido para mim. Acho ele lindo e ousado. Do jeito que eu gosto. iBahia - A cerimônia do VMB, na qual você cantou a música 'Neguinho', deu grande destaque ao rap nacional e ao sucesso da paraense Gaby Amarantos. O que você está achando deste novo momento do cenário musical brasileiro?GC - O cenário musical brasileiro sempre foi rico em sua diversidade musical. Eu sou democrática em meu gosto por música. Não sou radical, gosto do que é bom e do que me identifico. iBahia - A banda que gravou Recanto e que vem acompanhando a sua turnê é composta por músicos da nova geração. Como se dá essa troca de experiências com eles? GC - Uma troca muito boa e natural. Falamos a mesma língua quando tocamos juntos. É uma alegria só. A banda que toca comigo não é a mesma do disco, mas são muito competentes e creio que as músicas do disco Recanto que estão no show cresceram muito, ficaram mais bonitas e intensas. iBahia - Na apresentação do Grammy está programada uma homenagem a Caetano Veloso que será comandada por Ivete Sangalo. Tanto os fãs dele quanto os seus podem aguardar uma participação sua nesta apresentação? GC - Eu não poderei ir, pois tenho trabalho nesta época. Caetano merece todas as homenagens do mundo. iBahia - O filme Tropicália está em cartaz nos cinemas brasileiros e reacendeu um saudosismo nos amantes da música brasileira dos anos 60 e 70. No seu caso, existe algum tipo de nostalgia na sua carreira? GC - Eu não sou uma pessoa nostálgica. Vivo o meu tempo e procuro incorporar toda a minha experiência de vida no meu trabalho.
"Nunca falaria mal da cidade que nasci e que amo. Disse que a Bahia estava mal cuidada''
iBahia - Em declaração à revista Isto É, você falou sobre um possível descaso dos governos atuais com a capital baiana. Em relação à cena cultural, você tem acompanhado a cena musical de Salvador? GC - O que acha da nova música do estado? Olha, esse site que divulgou uma nota extraída de uma entrevista que dei a uma revista foi de muita má fé. Tirou uma frase que estava dentro de um contexto e a escreveu solta para dar efeito negativo. Eu não disse aquilo. Nunca falaria mal da cidade que nasci e que amo. Disse que a Bahia estava mal cuidada e não sou somente eu quem acha isso. Salvador é uma das mais lindas cidades do mundo. iBahia - Caetano Veloso é um conhecido parceiro de longa data na sua carreira e assina as canções e a produção do seu último disco. Existe alguma possibilidade de registrar essa parceria em forma de dueto em disco ou DVD inéditos no futuro?GC - Não posso prever o futuro. O futuro a Deus pertence.

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