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Gal faz show em Salvador no dia 26 de outubro, no Salvador Barra Hall |
Com show marcado em Salvador no dia 26 de outubro, no Salvador Barra Hall, Gal Costa apresenta a turnê do seu novo disco, Recanto, gravado em 2011, com composições e produção de Caetano Veloso.
Veja também: Gaby Amarantos e rap são os maiores destaques do VMB 2012; baianos saem sem prêmios "Não tenho nenhuma saudade da Bahia", revela Gal Costa Gal Costa já tem data marcada para novo show em Salvador Programe-se com a agenda de shows Neste momento da carreira, a artista levou indicações ao Video Music Brasil (VMB), Prêmio Multishow e Grammy Latino. O último trabalho de Gal foi considerado por alguns críticos como o melhor de 2011 e traz uma nova sonoridade, mais alternativa, entre música eletrônica, rock e dub step. Essa é mais uma das inovações que acompanham a trajetória da baiana. Em turnê pelas cidades brasileiras, o ano de 2012 parece agitado para Gal. Além das indicações, a voz da cantora volta para a televisão na novela Gabriela, da Rede Globo, e ganha espaço nos cinemas com o documentário Tropicália, de Marcelo Machado. Aproveitando esse momento intenso, o iBahia conversou por e-mail com a artista que falou da nova fase na carreira, a parceria com Caetano e a polêmica declaração que supostamente fez sobre Salvador. Confira a entrevista.
iBahia - Sua trajetória na música é marcada por projetos ousados e inovadores, sendo sempre considerada uma artista à frente do seu tempo. Para muitos Recanto segue essa marca vanguardista... Gal Costa - É verdade. Minha carreira é feita de muitas mudanças, algumas radicais, e essa é uma faceta da minha personalidade. Recanto tem a ver com minha história, minha carreira.
iBahia - Neste novo trabalho é possível perceber uma veia mais alternativa, mesclando música eletrônica, rock e dub step, tudo bem diferente do que você já havia feito. Qual foi o maior desafio na construção desse trabalho? Em que ponto toda esta inovação interfere no seu canto? Na faixa Autotune Autoerótico, por exemplo, você até brinca com o citado programa de áudio... GC - Estou acostumada a cantar com sonoridade eletrônica. Nos anos sessenta usei música eletrônica e era uma cantora quase roqueira. Experimentei muitas sonoridades nesta época. Portanto, não há como não ter familiaridade com esse tipo de arranjo e sonoridade.
"(O show) em Salvador será mais especial por ser a minha terra" |
iBahia - O que os fãs baianos podem esperar do show no dia 26 de outubro, em Salvador?GC - Um show bonito, emocionante, como tem sido em todas as cidades por onde passamos. Em Salvador será mais especial por ser a minha terra.
iBahia - Ao longo desse período de divulgação o disco foi considerado pela crítica um dos melhores de 2011 e recebeu indicações ao Video Music Brasil (VMB), Prêmio Multishow e ao mais recente Grammy Latino. Como você avalia hoje a repercussão deste disco? GC - Esse disco foi sempre muito instigante e querido para mim. Acho ele lindo e ousado. Do jeito que eu gosto.
iBahia - A cerimônia do VMB, na qual você cantou a música 'Neguinho', deu grande destaque ao rap nacional e ao sucesso da paraense Gaby Amarantos. O que você está achando deste novo momento do cenário musical brasileiro?GC - O cenário musical brasileiro sempre foi rico em sua diversidade musical. Eu sou democrática em meu gosto por música. Não sou radical, gosto do que é bom e do que me identifico.
iBahia - A banda que gravou Recanto e que vem acompanhando a sua turnê é composta por músicos da nova geração. Como se dá essa troca de experiências com eles? GC - Uma troca muito boa e natural. Falamos a mesma língua quando tocamos juntos. É uma alegria só. A banda que toca comigo não é a mesma do disco, mas são muito competentes e creio que as músicas do disco Recanto que estão no show cresceram muito, ficaram mais bonitas e intensas.
iBahia - Na apresentação do Grammy está programada uma homenagem a Caetano Veloso que será comandada por Ivete Sangalo. Tanto os fãs dele quanto os seus podem aguardar uma participação sua nesta apresentação? GC - Eu não poderei ir, pois tenho trabalho nesta época. Caetano merece todas as homenagens do mundo.
iBahia - O filme Tropicália está em cartaz nos cinemas brasileiros e reacendeu um saudosismo nos amantes da música brasileira dos anos 60 e 70. No seu caso, existe algum tipo de nostalgia na sua carreira? GC - Eu não sou uma pessoa nostálgica. Vivo o meu tempo e procuro incorporar toda a minha experiência de vida no meu trabalho.
"Nunca falaria mal da cidade que nasci e que amo. Disse que a Bahia estava mal cuidada'' |
iBahia - Em declaração à revista Isto É, você falou sobre um possível descaso dos governos atuais com a capital baiana. Em relação à cena cultural, você tem acompanhado a cena musical de Salvador? GC - O que acha da nova música do estado? Olha, esse site que divulgou uma nota extraída de uma entrevista que dei a uma revista foi de muita má fé. Tirou uma frase que estava dentro de um contexto e a escreveu solta para dar efeito negativo. Eu não disse aquilo. Nunca falaria mal da cidade que nasci e que amo. Disse que a Bahia estava mal cuidada e não sou somente eu quem acha isso. Salvador é uma das mais lindas cidades do mundo.
iBahia - Caetano Veloso é um conhecido parceiro de longa data na sua carreira e assina as canções e a produção do seu último disco. Existe alguma possibilidade de registrar essa parceria em forma de dueto em disco ou DVD inéditos no futuro?GC - Não posso prever o futuro. O futuro a Deus pertence.