O escritório de advocacia que abandonou a defesa da mulher que acusa Neymar de estupro afirmou, em nota, que os representantes do atleta tentaram fazer uma "armadilha" para criar um álibi ao chamá-los para uma reunião em 29 de maio. Embora não cite o nome do pai do atacante da Seleção, a nota critica Neymar Santos Silva, que afirmou que o encontro tinha sido uma "tentativa de extorsão". Para os advogados, a reunião tinha o objetivo de fazer um acordo de reparação na esfera cível.
"Digno de nota o absurdo de uma reunião entre advogados ser referida, de maneira torpe, como tentativa de extorsão, ainda mais quando essa reunião só se realizou dado o convite feito pelos representantes de Neymar", diz a nota do escritório de advocacia Fernandes e Abreu Advogados. "Isso só demonstra que os representantes de Neymar, sabendo dos fatos, orquestraram verdadeira armadilha com o objetivo de criar um álibi para seu protegido, em prejuízo da vítima e de seus antigos patronos."
Os advogados José Edgard de Cunha Bueno Filho, Francis Ted Fernandes e André Castello Branco Colotto afirmam que foram procurados por uma mulher que buscava reparação na esfera cível por agressões que teria sofrido durante encontro com Neymar em Paris no dia 15 de maio. O objetivo dela era receber pelas despesas médicas, tratamento psicológico e outros danos causados pelo episódio.
Ainda segundo o escritório, uma das preocupações da mulher era evitar que o caso fosse divulgado pela imprensa.
"O que se buscava era que Neymar reconhecesse as agressões praticadas, bem como a necessidade de amparar a ex-contratante psicologicamente." Os advogados relatam que foram chamados para uma reunião em 29 de maio com representantes de Neymar, que negaram "qualquer possibilidade de acordo".
Dois dias depois, orientada por outra advogada, a mulher procurou a polícia e fez um boletim de ocorrência denunciando Neymar pelo crime de estupro. Os advogados não concordaram com a estratégia e deixaram o caso em 1º de junho.
Em notificação enviada para a antiga cliente, o escritório afirma a alegação de estupro está "totalmente dissociada" dos fatos descritos pela mulher até então. "(A cliente) sempre afirmou que a relação mantida com Neymar foi consensual, mas que durante o ato ele havia se tornado uma pessoa violenta, agredindo-a", diz o texto, revelado na noite desta segunda-feira pelo JN, da TV Globo, e confirmado pelo GLOBO.
À antiga cliente, o escritório sustenta que deveria-se buscar reparação pelo crime de agressão, e não de estupro.
Um relatório médico feito em 21 de maio por um gastroenterologista relatou que a mulher que acusa Neymar de estupro apresentava hematomas nos glúteos, edema e se queixava de um "quadro de ansiedade".
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Redação iBahia
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