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Diz investigações

Empresa da advogada de Deolane Bezerra usou 546 CPFs falsos em esquema

Ex-BBB Adélia Soares, advogada de Deolane Bezerra, é suspeita de ajudar grupo chinês a operar jogos ilegais no Brasil

foto autor

Lucas Mascarenhas

16/09/2024 às 10:33 • Atualizada em 16/09/2024 às 11:03 - há XX semanas
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A ex-BBB Adélia Soares, advogada de Deolane Bezerra, teve papel em suposta associação com máfia chinesa para operar jogos ilegais no Brasil, destrinchado pelo "Fantástico" do último domingo (15). Segundo investigação, o grupo usou 546 CPFs falsos durante as transações.


				
					Empresa da advogada de Deolane Bezerra usou 546 CPFs falsos em esquema
Ex-BBB Adélia Soares, advogada de Deolane Bezerra, é suspeita de ajudar grupo chinês a operar jogos ilegais no Brasil. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Adélia foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal por falsidade ideológica e associação criminosa. Ela estaria supostamente associada com chineses para abertura de empresas de fachada, que utilizaram 546 CPFs falsos nas transações financeiras. Apesar de Adélia ser advogada de Deolane, o nome da ex-A Fazenda não é citado nesta investigação.

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O delegado Érick Sallum, que está à frente do caso, detalhou que entre os CPFs estão pessoas que já morreram, crianças e nomes que nem existem. Ainda conforme a investigação divulgada pelo Fantástico, em apenas 14 dias foram movimentados cerca de R$ 2,5 bilhões.


				
					Empresa da advogada de Deolane Bezerra usou 546 CPFs falsos em esquema
Advogada de Deolane Bezerra foi indiciada por associação criminosa no DF. Foto: Reprodução / Redes Sociais

No caso, que agora está na Justiça Federal, Adélia Soares teria aberto uma empresa para que um grupo chinês pudesse operar os jogos ilegais no Brasil, a intitulada Playflow. As investigações foram iniciadas após um funcionário de uma delegacia do Distrito Federal ter R$ 1,8 mil transferidos para a Playflow em um golpe.

"Foram juntados uma série de documentos de outras empresas estrangeiras, documentos não traduzidos. Para uma empresa estrangeira funcionar no Brasil, há uma série de regulamentações: o contrato precisa ser traduzido por tradutor juramentado, apostilamento. Nada disso foi feito", explicou o delegado.

A advogada se defendeu das acusações por meio de nota enviada à TV Globo Brasília: “As acusações feitas contra ela são infundadas e que sofreu um golpe praticado por terceiros, que utilizaram o nome dela de forma indevida e criminosa. E que ela está plenamente ciente dos fatos mencionados e já tomou todas as providências legais cabíveis”.

Como funcionava o esquema com a advogada de Deolane, segundo a Polícia Civil:

  • Apostador entra no site de apostas, que estava ligado à Playflow;
  • Faz um pagamento via PIX para a aposta;
  • A empresa repassava o pagamento para um tipo de banco que, muitas vezes, não tinha funcionamento autorizado pelo Banco Central;
  • Esse dinheiro era enviado para uma casa de câmbio e novamente repassado para fora do Brasil;
  • Para os repasses, eram usados os CPFs falsos e de pessoas que já morreram.

Como o nome da advogada de Deolane foi envolvido na investigação?

A investigação sobre a Playflow começou quando um funcionário da limpeza de uma delegacia da Polícia Civil transferiu R$ 1.800 para a empresa e acabou caindo em um golpe de um site de apostas.


				
					Empresa da advogada de Deolane Bezerra usou 546 CPFs falsos em esquema
Adélia é ex-participante do "BBB 16". ​Foto: Reprodução / TV Globo

Após esse episódio, um membro de um grupo de chineses, que já estava sendo investigado, alegou que Adélia era advogada do site de apostas. Quando a Polícia entrou em contato com a ex-BBB, ela confirmou que era advogada do grupo, mas, ao ser questionada sobre a propriedade da Playflow — como já havia sido comprovado pela investigação —, Adélia negou conhecer os chineses e, em seguida, cessou a comunicação.

"Para Polícia Civil, foi uma assunção de culpa, abertura do direito dela de apresentar o contraditório e o exercício tácito do silêncio", afirmou o delegado Érick Sallum, à frente do caso.

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