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Em Salvador, ator Marco Ricca fala sobre o filme Cabeça a Prêmio

Em entrevista, o ator conta a experiência de dirigir, pela primeira vez, um longa-metragem

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29/09/2010 às 14:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 2:57 - há XX semanas
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O filme Cabeça a Prêmio tem gerado bastante expectativa entre críticos e cinéfilos de plantão. Marcando a estreia do ator Marco Ricca como diretor cinematográfico, o longa conta uma história repleta de temas delicados como traições em família, contrabando, disputa de poder e decadência financeira. Com um elenco estelar, Cabeça a Prêmio promete muito, tendo um bom roteiro e excelentes atores.

Em Cabeça a Prêmio, longa baseado no livro de Marçal Aquino, Miro e Abílio, dois irmãos que são grandes pecuaristas do Centro-Oeste brasileiro, controlam uma pequena rede de negócios ilícitos. Miro vive as pressões do narcotráfico e da disputa de poder com seu irmão Abílio. Elaine, filha de Miro, envolve-se com o piloto do pai, engravida e decide fugir com ele depois que seu tio Abílio passa a chantageá-los.

Para marcar o lançamento do filme, Marco, que também agrega as funções de produtor e co-roterista, tem percorrido diversas cidades brasileiras. Recentemente em Salvador, o ator concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal iBahia. Ele comentou a escolha do roteiro, sua primeira experiência como diretor de cinema e sobre a novela Ti Ti Ti, na qual faz o papel do operário Higino. Confira!

Cabeça a Prêmio é uma adaptação do livro de Marçal Aquino. Como foi a escolha do roteiro e do elenco?
Eu conhecia o livro há muito tempo e achava que era uma história maravilhosa para narrar cinematograficamente. E, além de tudo, o Marçal é um grande escritor e um grande amigo meu. Na verdade, grandes amigos participaram do Cabeça a Prêmio. Todos os atores são maravilhosos e vieram naturalmente, a começar por Alice Braga.

Cabeça a Prêmio é um filme que trata de temas bastante delicados como traições em família, contrabando e decadência. Qual foi sua maior preocupação ao tratar desses temas?
Olha, a minha maior preocupação foi não estereotipá-lo. Esse negócio de trafico no Brasil já foi muito mexido e já existem muitos filmes que falam disso e também de prostituição. Eu tentei dar uma outra cara aos temas narrados no filme. Na verdade, Cabeça a Prêmio trata de uma tragédia familiar, histórias de amor relacionadas a essa tragédia e a decadência dessa família. Tentei dar uma visão um pouco particular do universo descabido do Marçal Aquino.

Você faz sua estreia como diretor de longas neste filme. Encontrou muitas dificuldades?
Encontrei dificuldade de produção, mas reuni uma equipe maravilhosa e como sabia o que queria tudo foi amenizado. Uma boa equipe, um bom elenco e uma história primorosa facilitam muito.

Sua experiência como ator o ajudou na direção do filme?
Com certeza. Como eu já fiz muito cinema, acho que aprendi bastante, até mesmo por osmose.

E você acredita que essa experiência como diretor de longa muda alguma coisa no ator Marco Ricca?
Sim, acrescenta bastante porque você tem uma visão total do filme. Como ator eu sempre fui muito curioso e tentava vasculhar tudo, mexer mesmo. Mas nunca tive que controlar. Dessa vez, como diretor e produtor, eu tive que controlar tudo isso, pois estava tudo um pouco nas minhas mãos. Como ator, você, muitas vezes, ajuda nas escolhas, mas não toma decisões.

Você já atuou como diretor teatral. Percebe alguma relação entre dirigir teatro e cinema?
Tirando o fato de que nos dois você tem que ter uma visão do todo, é bem diferente. O teatro é artesanal e o cinema é bem industrial. Mesmo uma superprodução de teatro é um relativamente um filmeco bem pequenininho. A grande virtude de fazer as duas coisas é o trato com o ator. A relação humana continua a mesma coisa, mas as escalas se modificam bastante.

Qual o melhor e o mais difícil de se fazer cinema no Brasil?
Acho que o mais complicado são as condições de trabalho e a distribuição e exibição do filme. Mas, por outro lado, o cinema brasileiro está crescendo bastante. A gente tem produzido pequenos e grandes filmes, tecnicamente nós estamos muito apurados, os atores bem exercitados. O que temos que fazer agora é conseguir mostrar os nossos filmes para o público.

Cabeça a Prêmio traz às telas um elenco de estrelas como Eduardo Moscóvis, Alice Braga e Cassiano Gabus Mendes. Como é para você, que também é ator, dirigir essa turma?
Para mim são atores muito interessados, que compraram a briga do filme. São pessoas que eu conheço há muito tempo e ninguém veio de teste. Eu precisava de bons atores e consegui.

Você já está pensando nos próximos projetos cinematográficos?
Tenho alguns convites, mas, por enquanto, estou fechado para balanço. A divulgação desse filme tem me tomado bastante tempo e eu estou, a cada fim de semana, em um lugar diferente do Brasil. O meu esforço é conseguir fazer com que o maior número de pessoas assistam a esse filme.

Você está na novela Ti Ti Ti com um personagem muito boa praça. O que tem do Marco Ricca no Higino?
Ele tem uma pureza de sentimentos que eu tinha há muito tempo. Já me vi puro assim. Mas na ficção a gente pode ser o tempo inteiro assim, na vida a gente às vezes tropeça. Eu vim de uma família muito humilde, assim como o Higino e, de alguma forma, eu me vejo nele através disso.

Pensa em outras novelas depois de Ti Ti Ti?
Não, pelo amor de Deus. Eu quero acabar essa daí. Novela é uma coisa muito difícil e eu quase não faço essa também. Eu quase não faço novela, pra mim é muito caro fazer novela.

Assista ao trailer oficial de Cabeça a Prêmio!

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