Daniela Escobar dá vida à bióloga que se envolve com jovens

O amor entre uma mulher mais velha e um homem mais jovem parece tema batido, mas segue despertando a curiosidade do público. A grande repercussão, de público e na mídia, do romance entre Natália (Daniela Escobar) e Juliano (Bruno Gissoni) em Flor do Caribe, novela das seis da Globo/TV Bahia, prova isso. A boa química entre os atores é apontada como o principal motivo para o burburinho.

A atriz, de 44 anos, acredita que na trama o tema é abordado de uma maneira diferente. “Várias novelas já mostraram esse tipo de relação, mas nesse caso trata-se de mostrar o preconceito em uma vila do Nordeste”, diz. Para a artista, o que mais conta é que “o grau de maturidade independe de idade”.

Assim como a personagem, que abandonou o jovem pescador por causa da filha Mila (Tainá Muller), Daniela revela que já se envolveu com um homem mais novo e que se separou por causa do filho: “Já fiz isso. Já larguei romance pelo meu filho. Meu filho gostava muito da pessoa com quem eu me relacionava, mas, na época, achei que continuar aquele romance não seria legal para o André”.

Um fato curioso é que Daniela é amiga da mãe de Bruno há tempos. “Conheço Bruno desde adolescente, sou amiga da mãe dele há muitos anos. A gente se racha de rir, afinal é um pouco constrangedor”, afirma a atriz, nascida em São Borja, no Rio Grande do Sul.

“Quando soube que era ele, a primeira coisa que fiz foi ligar para ela e contar. Ela não é atriz, é uma grande amiga da vida pessoal! É terrível beijar ele. Eu o vi crescer e é como se fosse o meu sobrinho”, emenda sobre o parceiro de cena.

O romance, no entanto, vai demorar de vingar. Além da filha, os dois terão que vencer o preconceito dos moradores de Vila dos Ventos. “Vamos fugir do lugar comum da filha disputando o namorado com a mãe. O foco será o preconceito local e da família dela. Tem também o ex-marido que deve aparecer para complicar tudo. Torço muito para que o amor vença”, adianta.

Em Flor do Caribe Daniela repete a parceria de sucesso com o autor Walther Negrão e com o diretor e ex-marido Jayme Monjardim. Em 1994, ela estreou na Globo como Berenice, em Tropicaliente, sucesso no horário das seis, escrita por Negrão.

Com Jayme ela trabalhou em Chiquinha Gonzaga (1999), O Clone (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003), América (2005) e A Vida da Gente (2011). “É muito boa essa parceria com Jayme, mas sinceramente não acredito em amuleto, e sim na competência dos profissionais envolvidos, o que garante o sucesso das novelas e minisséries”, diz.

Antes mesmo de a trama estrear, muitas pessoas compararam o clima de Flor do Caribe com Tropicaliente. Daniela confessa que rolou um saudosismo: “Pintou nostalgia, sim”. Como Berenice, ela dividia “meia frase com a irmã, uma vez por semana. Eu me lembro da vontade de ter uma cena inteira. Achava que tudo ali era muito bonito de se dizer. Foi uma novela linda. Adoro lembrar desse trabalho”.

Mas a atriz evita comparações entre suas duas personagens. “Berenice levava uma vidinha simples e não abria a boca. Natália é uma mulher divorciada, mãe de duas filhas e tem uma profissão”, afirma.

Bastante urbana, Daniela está adorando retornar ao clima praiano. “Gosto de sentir a areia nos meus pés”, emenda a atriz, que tem uma alimentação balanceada - complementos vitamínicos naturais, frutas, legumes e grãos e nada de carne vermelha, enlatados ou conservas - e não dispensa o uso de protetor solar. “Eu adoro sol, praia, mas há dois meses tenho acreditado mesmo nesta história de ‘buraco’ na camada de Ozônio”, conta.

Mas e o que ela faz para manter o corpo? Daniela faz musculação, ioga e pilates. Maquiagem, ela só usa se for à base de minerais. Matéria original: Correio 24h Flor do Caribe: aos 44 anos, Daniela Escobar dá vida à bióloga que se envolve com homem mais jovem