Alexandre Pires se disse “chocado” com a denúncia de
suposta discriminação racial no vídeo da música Kong, que está sendo apurada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Uberlândia, Minas Gerais. Leia na íntegra o comunicado do cantor à imprensa: “Sinto-me profundamente chocado com qualquer leitura racista ou sexista num clipe protagonizado por mim, negro com orgulho da minha cor, autor e intérprete de música romântica, sem que isso nunca tenha sido confundido com sexismo. Devemos tratar toda e qualquer brincadeira com macacos e gorilas como uma referência a ser apagada da nossa memória? King Kong, Chita, Monga, eram todos personagens com alguma leitura que não a do genuíno entretenimento?. Não me consta que meu histórico deixe alguma dúvida sobre o meu respeito à mulher ou ao negro, e a edição deste filme em nenhum momento faz brotar qualquer insinuação similar", disse o artista. A denúncia contra o vídeo de Alexandre Pires foi feita no dia 26 de abril pela ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), órgão da Presidência da República. Segundo o ouvidor do Seppir, Carlos Alberto Júnior, o MPF foi acionada em função de várias denúncias vindas de entidades, como o Observatório do Racismo Virtual. “Ao expor pessoas negras vestidas de ‘macaco’, o referido cantor contribui para a permanência histórica do racismo e práticas eugenistas, de inferiorização da população negra, tendo em vista que a maioria das denúncias feitas à Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial são ofensas às pessoas negras comparadas a ‘macacos’”, argumenta. As informações são da Contigo Online.