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Claudia Raia lembra assédio aos 13 anos; veja

Quem assiste Lidiane de “Verão 90” vê em cena uma mulher de personalidade fortíssima. Claudia Raia, sua intérprete, também é assim

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Redação iBahia

22/06/2019 às 12:35 • Atualizada em 31/08/2022 às 10:00 - há XX semanas
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Quem assiste à exuberante Lidiane de “Verão 90” vê em cena uma mulher de personalidade fortíssima. Claudia Raia, sua intérprete, também é assim.

Foto: Reprodução | Instagram

— Minha vida sempre foi regida por mim mesma, pelas coisas em que eu acreditava e queria. Nasci “mulher macha”, a que vai na frente — autodefine-se a atriz, que diz se espelhar na mãe, dona Odette Motta Raia (que morreu no último dia 20 de março, aos 95 anos), para ter esse olhar sobre a vida: — Sou filha de uma figura feminina muito incrível. Uma visionária, que cuidou de dez academias e duas filhas (ela e a irmã, Olenka, seis anos mais velha), desde que meu pai morreu, nos meus 4 anos. Tínhamos momentos maravilhosos, de amor imenso, mas minha mãe era uma taurina dura, firme. Eu a entendo. Se não botasse ordem, talvez as coisas não tivessem andado.

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Claudia conta que desde muito novinha teve que aprender a se defender sozinha. Aos 13 anos, foi uma das duas brasileiras selecionadas para estudar no American Ballet Theater. Entusiasmada, a menina de Campinas, cidade do interior de São Paulo, seguiu para Nova York para realizar o sonho, sem companhias. Lá, levou um dos maiores sustos da sua vida: sofreu assédio sexual.

— O homem que me hospedou lá tentou abusar de mim. Joguei uma coruja de vidro na cabeça dele e saí correndo, sem saber se o tinha matado. Até hoje não sei. Uma professora de balé me viu chorando na rua, sentada em cima da mala, e me levou para a casa dela. Ela morava com quatro mulheres loucas, cocainômanas, num apartamento de 40m² . Fiquei dormindo dentro de uma banheira, por falta de espaço — lembra a artista, contando que dona Odette ficou revoltadíssima quando soube da situação em que a filha se encontrava e quis trazê-la de volta a todo custo: — Naquela época, não tinha celular, a comunicação era difícil. Eu decidi ficar para dar prosseguimento ao meu sonho.

Para se sustentar na megalópole, Claudia começou a trabalhar de garçonete e conseguiu alugar um apartamento só pra ela:

— Bailarina clássica, eu fazia shows de samba na ponta dos pés aos fins de semana numa boate chamada Cachaça. E assim fui pagando as minhas contas. Minha vida daria uma novela e tanto!

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