A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta semana a proibição do uso do "chip da beleza", um tratamento hormonal que se tornou popular entre celebridades e influenciadoras. Virgínia Fonseca mencionou, em uma participação no PodCats, que usa o chip para ajudar no ganho de massa muscular e na redução da celulite. Na ocasião, a ex-BBB Juliette até confrontou a influenciadora perguntando sobre os efeitos reais do implante.
A influenciadora Patrícia Ramos também já afirmou usar o "chip da beleza" durante a sua participação no programa "De Frente com Blogueirinha". Na ocasião, ela falou sobre a relação entre o tratamento e o seu aumento de massa muscular. Apesar dos efeitos estéticos, Patrícia comentou que o que motivou o uso foi a necessidade de tratar uma doença conhecida como endometriose, condição ginecológica na qual o tecido que reveste a parte de dentro do útero cresce do lado de fora.
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O implante hormonal, nome correto ao "chip da beleza", é colocado sob a pele em áreas como o braço ou glúteo. Entre os efeitos mais conhecidos do tratamento estão o emagrecimento, aumento de libido e efeitos antienvelhecimento. No entanto, o método vinha sendo criticado por médicos e especialistas devido à falta de comprovação científica e aos riscos para a saúde quando utilizado apenas para fins estéticos.
'Chip da Beleza': proibição e riscos apontados pela Anvisa
A Anvisa decidiu suspender o uso do "chip da beleza" após denúncias de complicações severas em pacientes, como hipertensão, infarto, arritmias e Acidente Vascular Cerebral (AVC). A agência alertou que esses implantes são manipulados por farmácias magistrais com combinações de hormônios como gestrinona, testosterona e oxandrolona – substâncias controladas que fazem parte da lista C5 da Portaria/SVS 344/1998.
Entre os efeitos colaterais observados estão dislipidemia (elevação de colesterol e triglicerídeos), insônia, crescimento excessivo de pelos, queda de cabelo e alterações na voz. A Anvisa também destacou que o método vinha sendo aplicado sem regulamentação por muitos profissionais, aumentando os riscos à saúde pública.
Com a proibição, a agência espera alertar sobre os perigos dos tratamentos estéticos sem comprovação científica e garantir maior segurança para os pacientes que buscam alternativas saudáveis e reguladas para o cuidado com o corpo.
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Santiago Neto
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