Cantores lamentam morte de Kocó de Lordão: 'Foi uma escola'

Diversos artistas lamentaram a morte do cantor Kocó de Lordão, de 72 anos, líder e vocalista da banda Lordão. Nomes como Cris Mel, Sinho Ferrari e Liu Menezes, que integrou o grupo em 2015, se despediram com tristeza do carioca nesta terça-feira (20).

O corpo de Kocó foi cremado no cemitério Bosque da Paz, na capital baiana, nesta tarde. A cerimônia foi íntima e contou familiares e amigos próximos da família.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Leia também:

"Ensinamento, o tempo todo. Não só de música, como de vida também, porque todo momento que eu tive com ele eu sempre estava aprendendo. Então, isso eu vou levar para sempre. Eu sempre fiz questão de falar o quanto esse homem influenciou na minha vida e vai continuar durante muito tempo ainda", destacou Cris.

Sinho Ferrari, por sua vez, disse que Lordão era a humildade em pessoa e que ele reverbera apenas gratidão por ter conhecido o artista que viveu mais de 50 anos em Itabuna, no sul do estado.

"A humildade de Kocó é de o palco dele ser sempre de outro artista. Ele não media esforços em chamar alguém para cantar, se soubesse que era de alguma banda. Tem vários artistas hoje que são conhecidos graças a oportunidade que Kocó deu no passado. E eu tenho certeza que tem muita gente que é grata a ele".

Liu Menezes fez parte da banda em 2015 e afirma que Kocó foi o principal incentivador da carreira artística dela. Ele foi quem deu as primeiras oportunidades para que a loira pudesse brilhar em cima do palco.

"Tenho gratidão eterna à banda Lordão. Hoje, estou aqui em gratidão a tudo que ele fez por mim, para a minha carreira. É uma grande perda para a música baiana e do Brasil. Um grande mestre, que fez muitos cantores, e eu tenho muito orgulho de dizer que fiz parte da banda Lordão. Hoje eu sei que ele foi descansar em paz, porque ele já tinha cumprido seu legado aqui, e será eternizado. Lordão tem um nome lindo e Kocó tem uma história honrrável", pontuou.

Nascido no Rio de Janeiro e radicado na Bahia desde a década de 1960, o artista esteve à frente do grupo musical há mais de 50 anos. Ele recebeu a mais alta honraria da Assembleia Legislativa da Bahia, a Comenda 2 de Julho, em setembro do ano passado.

Ele foi casado com Sônia Leite, com quem teve os filhos Clóvis Júnior e Marcus Vinícius. Além de músico, ele era formado em Administração. O prefeito de Itabuna ainda decretou luto oficial de três dias no município em homenagem a Kocó.

AUTOR