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Caetano Veloso: “Censor, eu?” |
Na primeira manifestação pública desde o início da polêmica sobre a publicação de biografias não autorizadas, Caetano Veloso, em sua coluna na edição de ontem do jornal 'O Globo', afirma que a imprensa trata o tema de modo “despropositado” e defende a posição dos artistas que lutam pela exigência de autorização prévia para a comercialização dos livros. “Censor, eu? Nem morta!”, escreve o baiano, para quem “no cabo de guerra entre a liberdade de expressão e o direito à privacidade, muito cuidado é pouco”.
Veja também: Milton Nascimento comemora 50 anos de carreira em show no TCA Caetano diz ser a favor de biografias não autorizadas de figuras como José Sarney ou Roberto Marinho. Mas cita “perigo de proliferação de escândalos” como justificativas para uma atenção maior ao direito de privacidade. Ele defende uma espécie de caminho do meio e chega a citar uma fala sua de 2007 na qual se coloca claramente contra a exigência de autorização prévia por parte de biografados. “Tenho dito a meus amigos que os autores de biografias não podem ser desrespeitados em seus direitos de informar e enriquecer a imagem que podemos ter da nossa sociedade. Pesquisam, trabalham e ganham bem menos do que nós (mas não nos esqueçamos das possibilidades do audiovisual)”, escreve.