Anitta falou de decisões importantes na carreira musical e do futuro pessoal. A cantora, que levou o ritmo carioca da periferia para o mundo, diz ter enfrentado dificuldade em ser respeitada como artista no Brasil e contou o real motivo de ter deixado o país.
“Infelizmente, o brasileiro ainda dá muito mais valor para o que é de fora do que para o que é do próprio país", relata Anitta em entrevista à Quem.
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A artista explica também que esse foi o motivo de ter saído do país. "Eu sabia que para o brasileiro respeitar, admirar e incluir o funk, ele teria que ser um ritmo reconhecido fora do Brasil. Decidi morar nos Estados Unidos por causa deste sonho de fazer o funk - o ritmo que eu cantava - ser respeitado no Brasil”, conta para a Quem.
Anitta se mudou para Miami em 2021, e, desde então, conseguiu desenvolver ainda mais sua trajetória na música. "Senti muita dificuldade por conta de todo o trâmite de morar fora e manter a carreira aqui no Brasil, já que não abandonei o mercado brasileiro. Então, acaba sendo muito mais difícil fazer esse caminho de ficar lá e cá. É muito cansativo. Foi bem difícil. Sem contar os desafios normais de uma carreira musical. É como se fosse uma competição. É tudo muito intenso, com mulheres principalmente", afirma.
"Além disso, ainda tem o fato de eu não ser de lá. O brasileiro valoriza muito mais qualquer artista ou trabalho que vem de fora. Já os Estados Unidos, eles são o oposto e valorizam o seu artista primeiro para depois se interessar por quem é de fora, então, é um desafio tentar fazer as pessoas colocarem essa atenção em um trabalho que não é da cultura deles. Mas a partir do momento que eles se interessam, com certeza eles se apaixonam, porque nossa cultura brasileira é incrível mesmo", continua ela.
Anitta revela planos de maternidade: 'Deixando rolar'
Anitta também abriu o coração em conversa com a Quem ainda sobre a vida pessoal e contou se tem o desejo de ser mãe. "Vivo mudando de opinião sobre essa questão da maternidade. Não tenho certeza se quero ou não ter filhos. Às vezes penso que quero, às vezes eu falo 'poxa vida, tem que abrir mão de muita coisa'", diz ela.
Ela cita ainda a pressão da sociedade sobre a maternidade. "Acho que a sociedade ainda está muito atrás nessa questão de ter filhos. Acaba gerando uma situação muito injusta com a mãe, que tem muitas responsabilidades, e o pai quase que nenhuma. Se a mãe tem os comportamentos que o pai tem, ela é julgada. A mulher foi criada para sentir culpa caso ela venha a ter qualquer um dos comportamentos que um homem tem na paternidade", desabafa.
"Então, eu não sei se quero. Depende muito de quem seria o pai. Acho que é uma coisa que se tiver que acontecer, vai acontecer. Estou com 31 anos, não congelei óvulo e vou deixando a vida me levar, como tudo na minha vida. Não tenho esse sonho de viver isso dentro das normas que a sociedade impõe hoje, mas não sei, estou deixando rolar", revela ela.
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Isadora Gomes
Isadora Gomes
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