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Ana Carolina incorpora novos sons e DJ em #AC

#AC (Sony Music) é álbum marcado pela influência das redes sociais e pelo interessa dela em sair de sua zona de conforto

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02/06/2013 às 15:53 • Atualizada em 29/08/2022 às 22:25 - há XX semanas
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Ana Carolina, 38 anos, se rendeu ao pop no disco #AC (Sony Music). “É um disco mais solar, quente e efusivo de todas a maneiras. Estou voltando de braços abertos ao pop”, define a cantora mineira. O ar mais moderno do novo trabalho vai da sonoridade ao título, que incorpora hashtag - ferramenta ícone do microblog twitter.
Para isso, a cantora mudou radicalmente o estilo musical. Conhecida como uma das maiores vendedoras de CDs e DVDs do mercado brasileiro na era 2000, Ana Carolina largou mão da fórmula que lhe rendeu 22 músicas em trilha sonoras de novelas - quase todas da Globo.
Em #AC, a cantora quis mostrar que é uma cantora versátil e que sabe fazer muito mais do que as costumeiras baladas. “Eu queria provar por A + B que não faço só balada, que faço groove também. Gostei muito do resultado”, ressalta.
O ar contemporâneo do álbum está, entre outros aspectos, em substituir, em todas as doze faixas, o som da bateria pelas intervenções eletrônicas do Dj Cia e das programações pilotadas pelo baiano Mikael Mutti.
A decisão, que partiu de um dos mais requisitados produtores da atualidade, Alê Siqueira, foi imediatamente acatada pela cantora: “Eu achei incrível. O álbum ficou, ao mesmo tempo, super orgânico por conta da percussão e dos scratchs” , diz, referindo-se à mixagem de sons.
O trabalho surpreendeu também o mercado fonográfico. Pela primeira vez, uma grande cantora brasileira disponibilizou a versão digital antes do CD físico chegar às lojas. Sexto álbum de inéditas da carreira de Ana Carolina, #AC tem venda prevista para junho, mas já está à venda no iTunes. “O disco é ultramoderno. As pessoas poderão ouvir em pílulas, no tempo que quiserem. Não acredito mais na coisa do disco. Acredito em single. Não tem mais aquela coisa de escutar tudo”, afirma.
Vício
A internet tem sido uma grande parceira de Ana Carolina. “Qualquer segundo de espera, no dentista ou na rua, é motivo de pegar o celular. É um companheiro”, revela. Viciada assumida, ela confessa dispensar de 12 a 14 horas por dia interagindo com os fãs nas redes sociais, descobrindo novos jogos e pesquisando no Youtube. “Fico buscando sons... é uma coisa muito rica. Descobri coisas legais como a possibilidade de você poder usar uma música do Youtube para samplear se ela for muito antiga”, conta empolgada. O gosto pelo mundo virtual veio com um problema. Assolada por fakes nas redes sociais, Ana Carolina achou como saída criar seus próprios perfis. Aos poucos, se encantou com tantas possibilidades.
Ela, de fato, interage com frequência com os dois milhões de seguidores do Facebook, os 40 mil do Twitter e com os quase dez mil do Instagram. “Estou muito mais conectada que antes. Eu sofro quando não entro na internet”, confessa .
Para Ana Carolina, o melhor da internet é a troca de informações. E o que pode, muitas vezes, ser o pior, é a liberdade que as pessoas têm em opinar. Sobre superexposição, ela valida atitudes como o da amiga Daniela Mercury, que usou uma rede social para assumir o casamento com a jornalista baiana Malu Verçosa: “Eu achei ótimo ela falar. Na minha época não afetou em nada minha carreira. Você não fica melhor ou pior por isso. Não muda. Até porque, a música acaba sendo mais importante. As pessoas vão continuar indo pro show dela. E que bom que seja assim”.
Ana Carolina não tem medo de perder o público ao ousar. Foi assim quando assumiu sua bissexualidade, em meados da década passada, e continua sendo agora, ao apresentar um trabalho bastante diferente do que costuma produzir. “Ainda mais agora que eu tenho um selo e que isso é um negócio. Eu faço realmente o que eu quero fazer. Não tem mais peso em lançar hits”, confessa a artista.
Candidatas a hits
E mesmo sem pretensão, algumas canções do novo disco já são conhecidas do grande público, como é o caso de Luz Acesa, e da composição em parceria com Edu Krieger, Combustível, aposta de Ana Carolina para levar o título de hit em #AC. As duas faixas foram incluídas nas trilhas sonoras das novelas Amor à Vida e Flor do Caribe, ambas da Rede Globo.
Além delas, Um Sueño Bajo El Água, composta com a italiana Chiara Civello, e Leveza de Valsa, parceria com Guinga, ganharam videoclips dirigidos por Ana Carolina, ambos já com milhares de exibições na Internet e bem executados nas rádios de todo o Brasil. “O disco foi acontecendo”, resume Ana Carolina.
Isso foi há dois anos, quando ela fez pequenas gravações em demos. “Há três meses encontrei com Alê Siqueira. Fiquei encantada com o trabalho dele e quero fazer novas coisas”, elogia o produtor artístico que já assinou trabalhos como os Tribalistas, Marisa Monte e Arnaldo Antunes.
Chico e Bethânia
A parceria com Alê Siqueira, avalia Ana, deixou o disco “menos hermético que o último disco, N9ne”. O álbum começa com a faixa dançante Pole Dance, e segue com músicas como Canção Para Ti, parceria da cantora com Moreno Veloso e Carlos Rennó, e Bang Bang, com Rodrigo Pitta.
#AC apresenta ainda outras duas novas versões. Uma delas, Resposta da Rita, foi a pedida da amiga Maria Bethânia. A canção é uma divertida brincadeira com uma das mais emblemáticas canções do repertório de Chico Buarque, A Rita. Chico faz uma participação especial na gravação.
A outra música é Pelo iPhone, uma espécie de atualização de Pelo Telefone, de Erasmo Carlos. “Fala dos prazeres e desprazeres do iPhone, dos casamento desfeitos... É uma brincadeira, crônica cotidiana”, explica. Matéria original: Correio 24 Horas Consagrada pelas baladas, Ana Carolina incorpora novos sons e DJ em #AC

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