A rapper curitibana Karol Conka, 31 anos, recebeu uma ligação do canal GNT e vibrou: “Vou ser entrevistada pela Ivete no Superbonita! Estou superfeliz!”. “Não”, respondeu a produção do GNT, “você vai substituir a Ivete no Superbonita”. Karol parou, sem reação. “Fiquei uns cinco segundos até a ficha cair. A princípio me assustei, mas depois fiquei emocionada!”, revela rindo.
Passada a surpresa, Karol aceitou o convite para assumir o Superbonita, que estreia nova temporada nesta segunda (6), às 21h, no GNT. Cada episódio do programa, que já teve Ivete Sangalo, Grazi Massafera, Luana Piovani, Alice Braga e Taís Araújo no comando, terá temas inspirados nas letras das músicas de Karol Conka, que abordam assuntos como empoderamento, autoestima, maternidade, diferentes estilos e superexposição.
Entre as personalidades que vão passar pelo programa está a atriz Taís Araújo, que será a primeira entrevistada e vai bater um papo sobre beleza negra. Além dela, Karol terá convidados como as funkeiras Valesca Popozuda e Ludmilla, o cantor e DJ Jaloo, o ator José Loreto, a cantora Alice Caymmi, a youtuber Jout Jout, além das atrizes e cantoras Clarice Falcão e Sophia Abrahão.
“Sempre quis ser apresentadora, desde pequena. Quando era criança fazia perguntas pra mim mesma - a louca! (risos). Sempre joguei para o universo ‘um dia vou ser apresentadora’ e ele devolveu. Obrigada, universo! Obrigada GNT!”, comemora Karol.
Padrões
O que mais motivou a cantora a participar do Superbonita nessa temporada foi o fato do programa propor uma reeducação comportamental, explorando um conceito de beleza que já não é mais o mesmo. “Esse programa vem com o conceito de libertação da sua própria beleza. Você não precisa seguir um padrão de estética para se sentir bem e o programa reúne vários estilos que mostram isso”, explica Karol.
Ser superbonita, para a nova apresentadora do programa, é “ser feliz consigo mesmo”. O que nem sempre é fácil, já que todo mundo passa por uma fase de questionamentos em relação ao próprio corpo e à autoestima. Karol, por exemplo, enfrentou um período difícil durante a gravidez, com apenas 19 anos.
“Estava me sentindo mal, me sentindo feia, porque não estava enquadrada nos padrões de beleza, com o corpo cheio de estrias”, conta, enquanto revela que sofreu com a depressão pós-parto. “Só depois vi que tinha outras coisas mais bonitas e aí que me enquadrei na arte”, completa a rapper, que cantou na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e venceu o Prêmio Multishow 2013 de artista revelação.
Tirando essa época delicada, Karol conta que sempre esteve bem consigo mesma porque aprendeu com a mãe a se posicionar como “uma mulher guerreira, de fibra e muito bem resolvida”. E quando completou seus atuais 31 anos, se sentiu “mais linda, maravilhosa, poderosa, negrificada, bombástica”, enumera, rindo.
“Sempre fui convencida, metida, tudo que é ‘ida’”, gargalha Karol. “Acho que é por causa da minha família. Meu pai e minha mãe sempre me elogiavam”, justifica. Questionada se teme o efeito do tempo, Karol responde com segurança. “Não tenho medo de envelhecer. Qualquer coisa boto um botox!”, ri.
Mais livre, mais negra
Com 1,65 m de altura e 53 kg, Karol diz que se cuida com alimentação simples: “Minha dieta é tomar cerveja de trigo (risos), comer melão... Como de tudo, mas não tomo refrigerante, sorvete nem requeijão”. No que diz respeito ao cabelo, que cada dia tem um penteado diferente, ela conta que gosta de passar vitamina. Para dormir, faz um “coquinho” e usa “spray de boa qualidade pra não quebrar”.
A rapper revela, ainda, que passou 11 anos alisando o cabelo. Só parou quando conheceu o rap, aos 16. “Me senti mais livre, mais negra, muito mais bonita com o cabelo crespo, afro. Mas alisar o cabelo não diminui a negritude de ninguém. É uma questão estética. Se ela está bem consigo mesma, quem sou eu pra julgar uma negra que alisa o cabelo”, pondera.
Antes de lançar seu novo álbum, que sucede Batuk Freak (2013), Karol encara o Superbonita como uma missão. “Existem pessoas adoecendo com a falta desses temas na sociedade. Temos que levar palavras de conforto para elas, porque na escola a gente não aprende autoestima. A gente fica numa constante cobrança de aprovação dos outros. O importante é se resolver e ficar de bem com a vida”, resume.
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Redação iBahia
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