O Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM), que venceu um primeiro edital e iria gerir a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), em Salvador, foi desclassificado e não irá mais desempenhar a função. Com isso, um novo edital será aberto para escolher outra organização.
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (6) pela Secretaria de Cultura do Estado do Estado (Secult-BA). A decisão será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de quinta (7). Detalhes sobre o novo edital serão divulgados nos próximos dias.
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Em nota, a Secult-BA justifica a necessidade de uma nova seleção pelo fato de apenas o IDSM e a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA), que já tinha sido desclassificada em julho, terem concorrido pela gestão da Osba.
Ainda no posicionamento, a pasta diz que a desclassificação da organização social até então vencedora, a IDSM, obedece critérios técnicos, mas não detalhou quais seriam eles. A decisão foi tomada após recurso da ATCA.
"Enquanto um novo processo de licitação é aberto, a Secretaria adotará medidas cabíveis no sentido de manter o funcionamento regular das atividades da Orquestra, que é um corpo estável do Estado da Bahia", diz a nota.
O iBahia entrou em contato com a Osba, que atualmente é gerida pela ATCA desde 2017, e recebeu a informação de que a organização ficou satisfeita com a mudança, apesar de apenas parte do recurso ter sido acatada.
"É objetivo da ATCA manter a bem-sucedida experiência de gestão da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), que ocorre desde abril de 2017", diz a nota.
O portal também tentou comunicação a Secult-BA, mas não conseguiu retorno.
Possível saída de Carlos Prazeres
Com o anúncio da gestão da Osba pelo IDSM, que é ligado ao maestro Ricardo Castro, do grupo que comanda o Neojiba, chegou a ser especulada a saída do maestro Carlos Prazeres do comando da orquestra, que em 2023 venceu o Prêmio Profissionais da Música.
De acordo com o jornal Corrreio 24h, os músicos da Osba eram contra a proposta do maestro Ricardo Castro, que em 2022 chegou a tecer duras críticas ao espetáculo "Osbrega'" que apresentou para o público clássicos da música "brega" brasileira no formato de orquestra. Na época, Ricardo Castro chegou a classificar o projeto como "um círculo do inferno nunca antes visto neste país".
Com a mudança, a possibilidade do afastamento do maestro, que está à frente da Osba há 12 anos, deve ser desconsiderada.
Redação iBahia
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