É da plataforma de vídeos curtos que surgem as dancinhas dos hits do momento, e até mesmo resgata canções antigas e as transformam em grandes sensações anos após o seu lançamento, fazendo com que artistas alcancem recordes inimagináveis na época em que o produto chegou às rádios.
Mas há também quem seja resistente a nova tecnologia e tece duras críticas a forma como a classe artística se tornou refém da plataforma, e também como transformou a forma de produzir com o único foco de viralizar, como a cantora Adele.
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Este não é o caso de Ivete Sangalo. A artista saiu em defesa dos novos nomes que investem na rede social asiática como forma de alavancar a carreira. Em entrevista ao podcast 'Fala Brasólio', do youtuber Fred do Desimpedidos, a baiana afirmou que é um novo momento de produção de conteúdo. O corte do bate-papo viralizou na última terça (23).
"Seria uma tolice achar que isso é uma condenação, isso é um aprimoramento dos hábitos do ser humano. Acho que essas novas tecnologias são um aprimoramento do que vai ser, do que não vai ser. Se essa geração tem uma necessidade dessa coisa mais instantânea, nós já tivemos outras necessidades que não eram de Dolores Duran. Se ela fosse viva hoje, ela ia achar o CD uma tecnologia terrível, onde você não ia abrir o vinil, o som da agulha não ia tocar. Isso era o contexto da época", afirmou.
Apesar de defender, Ivete não é usuária assídua da rede social e afirma que não sofre por não conseguir produzir conteúdo direcionado para a plataforma. "Hoje, se você perguntar assim 'Ivete, você consegue se adequar?' Eu não parto dessa tecnologia para a música, da música se eu puder migrar para essa tecnologia, acho maravilhoso. Se eu não consigo, também não sofro".
Para a artista, a força da plataforma na atualidade mostra a necessidade dos novos artistas e também o interesse do público em conteúdos como os que vem sendo apresentado.
"Toda carreira tem um gráfico, esses gráficos vão indicando uma presença. Mas os picos, você não coordena. Todo artista tem o seu momento de estouro, e depois ele se estabiliza, se organiza e vive ali existindo. Eu não tenho mais essa urgência e agonia. Eu não acho errado, os artistas jovens que estão começando e que ouvem da gravadora, dos empresários e produtores, bicho tem que fazer, o cara faz. Eu não fiz isso quando estourei, mas fiz outra coisa, que foi coerente a minha época. Eu acho uma sacanagem eu falar alguma coisa disso agora, porque já tive meu momento".
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Redação iBahia
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