O Carnaval de 2023 foi um marco para todo artista e folião, já que foi o primeiro após os cancelamentos por conta da Covid-19. Ciente disso, Daniela Mercury decidiu documentar cada passo antes, durante e depois da folia baiana que marcou o retorno para a avenida.
As gravações resultaram no audiovisual "Eu Sou o Carnaval", que será lançado nas plataformas de streaming no dia 15 de dezembro, em formato de vídeo e álbum de música.
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Em entrevista ao iBahia, Daniela Mercury contou detalhes do projeto que tem como diferencial mostrar um lado do Carnaval que o folião não consegue ver quando se está pulando na pipoca.
"Ao longo desses anos eu fui criando projetos distintos pra divulgar e esse tem um espírito de audiovisual com documentário pois tem making off, conceito da feitura do figurino e mais bastidores. Mostra o que penso sobre carnaval. Acho que cada vez mais as pessoas estão querendo conteúdos distintos, mostrando a visão de mundo dos artistas", explicou.
"Tudo meu está implicado, tudo que eu faço tem o desejo de fazer as pessoas se identificarem com o que eu faço como um ícone da cultura da minha própria cidade, como uma artista de Brotas tentando aproximar as pessoas de mim", seguiu Daniela Mercury.
"Porque no fundo, por mais que estejamos sempre lá [no trio], vou ficando inalcançável pra uns e quero que percebam que por trás disso tudo tem um ser humano que tem tudo a ver com a cidade, que ama a cidade", completou.
Carnaval é coletividade
No projeto, Daniela Mercury quer deixar claro que o Carnaval é feito por muitas mãos. Por mais que o artista brilhe no trio elétrico e nos camarotes, os bastidores escondem toda uma estrutura feita para que a música seja o personagem principal.
"O Carnaval é uma festa representativa da cultura brasileira e que tem muita diversidade, muitas faces distintas de cada lugar. Ela toma a característica de quem a faz", disse.
"Todas as figuras ali compõem esse mosaico gigante, que eu falo logo no começo do projeto. Eu digo que o Carnaval pode representar o mundo ianteiro na rua, como pode representar o Brasil inteiro na rua, mas absolutamente não é individual, é coletivo", completou Daniela.
A baiana apresenta músicas de diversas eras, incluindo sucessos antigos e os mais novos do disco "Baiana", além de apresentar canções que nunca estiveram em um projeto ao vivo, mas que são importante para a carreira que completa 40 anos.
"As músicas que estão no audiovisual são músicas de vários álbuns meus, gravadas no Carnaval. Nesse Carnaval eu gravei e peguei canções que não tinham gravações ao vivo, aproveitei e peguei também canções para somar, que são de outros álbuns e que eu não registrei ao vivo ou que achei que são muito importantes", explicou.
Encontro de gerações
Questionada sobre o momento favorito que está no audiovisual, Daniela Mercury lembrou da participação da neta, que dançou vestida de baiana em cima do trio.
"São vários momentos. A gravação dos videoclipes que estão no "Baiana" [por exemplo]. "Baiana" tem a participação de Mel, minha neta mais nova. Eu falo que me vesti de baiana desde meu primeiro ano, tenho várias fotos vestida de baiana e quem representou foi a Mel sambando em cima do trio", comentou a artista.
"Os videoclipes são lindos, imagens com drones. Tanto em Salvador, quanto São Paulo, amarrado em minhas falas, sou eu falando, sou eu explicando, sou eu colocando o meu olhar e meu pensamento e explicando o que dá sentido a esse carnaval", seguiu Daniela, que está confirmada no "Festival de Verão 2024".
"Essa experiência é realmente o que eu tento fazer nesse projeto. É um convite mais uma vez para as pessoas conhecerem o carnaval do Brasil. É um projeto que está sendo lançado para o mundo inteiro", finalizou a artista.
Veja o audiovisual de Daniela Mercury:
Lucas Mascarenhas
Lucas Mascarenhas
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