Uma das principais referências do ritmo manguebeat no Brasil, o grupo Nação Zumbi volta a Salvador para manter acesa a tradição da manifestação cultural que nasceu em Pernambuco há 30 anos. A banda se apresenta na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) na noite deste sábado (15). Ainda há ingressos disponíveis no site.
Com o intuito de comemorar a longevidade e celebrar a existência da atitude que ousou mudar os rumos das culturas nordestinas, foi formado o conceito da 'MangueFonia', uma junção de vários expoentes da cena Mangue, idealizado e capitaneado pelos agentes da Afrociberdelia Jorge Du Peixe e Dengue (ambos integrantes originais da Nação Zumbi).
Em entrevista exclusiva ao iBahia, o grupo destacou que o show na capital baiana será uma verdadeira celebração. “Voltar para Salvador para nós nessa fase da manguefonia é muito gratificante é muito massa, porque é um lugar que a gente sempre curtiu para caramba um lugar que tem um ecletismo cultural muito forte e muito grande. É um lugar que a gente tem o maior respeito de consideração, é um lugar que a gente tá querendo sempre tocar. Vai ser muito especial, a expectativa é muito grande para nós”, contou Cannibal, um dos vocalistas do grupo.
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Para o show, o grupo contará com a seguinte formação: Dengue no baixo, Toca Ogan, Marcos Matias e Da Lua nas percussões e tambores, Neilton (Devotos) na guitarra e Vicente Machado (Banda Mombojó) na bateria. Nos vocais, Jorge do Peixe (Nação Zumbi), Siba Veloso (Mestre Ambrosio), Fred 04 (Munbo Livre), Fábio Trummer (Eddie), Cannibal (Devotos) e Louise terão a missão de executar os clássicos que marcaram a história dos fãs e também de apresentar novas canções ao público baiano.
Renovação do Manguebeat
Assim como os movimentos da Axé Music, a Tropicália e até mesmo a música POP, o Manguebeat está sempre em renovação. Para Cannibal, esse é o principal fator para que o ritmo se mantenha vivo mesmo após tanto tempo.
"O movimento Mangue fez o Brasil olhar para suas raízes, né? A gente fala do movimento com ênfase em Pernambuco, mas quando o movimento manga estourou as regiões começaram a olhar para si própria, as suas raízes e essa riqueza nunca vai acabar".
"O ritmo está sempre se renovando, em movimento. Com ou sem o nome manguebeat. Pernambuco é um estado muito rico culturalmente falando e a gente a gente saca a importância do movimento Mangue até hoje. Não só pela música, mas por todas as artes em volta do movimento como teatro, a dança, a moda e as artes plásticas".
Veja outros trechos da entrevista abaixo:
iB: Quais as surpresas vocês guardam para o evento? Pode adiantar algo?
Cannibal: "Ver o que vai acontecer em cima do palco já é uma grande surpresa. A gente sempre está inventando, temos essa liberdade dentro da Manguefonia, sempre criando, improvisando e surpreendendo até a gente mesmo. Isso incentiva a gente, nos arrepia, a galera vai pirar".
iB: Existe alguma história curiosa do grupo em Salvador? Qual a relação de vocês com a Bahia?
Cannibal: "História curiosa não sei, mas tem aquela saudade, né? De ter tocado no circo Picolino com Devotos, dividímos com Dois sapos e Meio, Dead Billy, Inkoma que na época tinha Pitty nos vocais, tinha mais bandas […] Foi muito massa, me lembro muito bem desse show foi muito arretado. Um dos maiores shows que a gente fez".
"Teve uma vez também que fomos para Salvador, mas o evento não rolou, era um show do Devotos. Não sei se não venderam os ingressos, até hoje não sabemos o que aconteceu. Só sei que do hotel retornamos para Recife".
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Lucas Sales
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