João Gilberto, 82 anos, firmou uma sociedade com o financista baiano Daniel Dantas, num negócio milionário inédito na indústria fonográfica brasileira. A notícia foi divulgada pela revista Época desta semana, que teve acesso à informações sobre o contrato, pelo qual Dantas adiantou ao artista o valor de R$ 10 milhões.
A contrapartida para o empresário é que ele vai ficar com metade de uma indenização que João Gilberto deve receber da gravadora EMI. O financista ainda poderá explorar comercialmente quatro discos gravados no auge da Bossa Nova, e que estão em disputa judicial. “O negócio surgiu depois de uma vitória que João Gilberto obteve na Justiça, no ano passado, em ação contra a gravadora EMI. Foi o maior processo que ganhou em sua carreira, depois de enfrentar uma longa batalha jurídica”, sinaliza a publicação.
A questão remonta a época em que o músico tinha 26 anos e foi contratado pela gravadora Odeon, uma subsidiária da EMI. Entre 1958 e 1963, o artista gravou os álbuns Chega de Saudade, O Amor, o Sorriso e a Flor e João Gilberto, marcos da MPB, com a batida personalística do gênio da Bossa. Em 1988, a EMI reuniu músicas dos discos no CD Mito, sem autorização. A partir daí João Gilberto encerrou a relação com a EMI e iniciou um processo.
No ano passado, ele conseguiu uma vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que estipulou uma indenização de 24% do valor dos CDs vendidos, com correção monetária.
Acordo financeiro
R$ 10 milhões é o valor adiantado pelo empresário Daniel Dantas ao seu conterrâneo, o músico João Gilberto.
Matéia Original Correio 24h:
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