Ao maior estilo "de olho na butique dela", João Lacerda lançou uma homenagem ao pai, Genival Lacerda, em um projeto com uma nova roupagem.
Em entrevista ao iBahia, o artista falou sobre a importância de manter o legado do pai, que morreu em 2021 vítima da Covid-19, além da junção de novos ritmos ao forró do pai.
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"É um projeto maravilhoso, né? É para manter viva a memória do seu Lacerda, o rei da munganga que deixou mais de 700 músicas gravadas", iniciou.
"Acompanhei meu pai mais de 30 anos pelo Brasil todo, nos bastidores de programas de televisão, programa de rádio, de produção de disco, DVD, e esse projeto 'João canta Genival Lacerda' iniciamos aqui [na Bahia] em Barra do Choça, em novembro do ano passado", continuou o cantor.
"Saímos de lá com a ideia de fazer uma turnê, de fazer esse essa gravação do que era um EP e se tornou agora um álbum com várias participações como como Targino Gondim, Adelmário Coelho e Luiz Caldas", completou João Lacerda.
O trabalho já está disponível nos serviços de streaming e é só a primeira parte de um projeto que promete levar para um novo público o legado do forrozeiro.
E para João, o sentimento de gratidão ultrapassa as barreiras geográficas, já que o trabalho vem sendo muito bem recebido na Bahia.
"O sentimento é de gratidão pela música popular brasileira, pela Bahia que vem nos recepcionando tão bem, tão carinhosamente desde a época do meu pai, meu pai quando tocava aqui na Bahia era recebido como rei aqui no Pelourinho e diversas outras cidades, a Bahia toda sempre nos recebeu a família Lacerda e braços abertos, graças a Deus", disse.
E é com esse carinho que João Lacerda revela que se o pai estivesse vivo com toda a certeza estaria se jogando em novos ritmos como o piseiro.
"Com toda a certeza ele estaria porque Genival Lacerda era um artista que era na frente do tempo dele, ele era muito moderno, Quando ele gravou no ano de 85/86, o 'Caldinho de Mocotó' já era um arranjo muito moderno para época. E mesmo quando ele estourou com 'Severina Xique-Xique', em 75, ele era moderno igual, era um artista que ele era a frente do tempo dele", finalizou.
AUTOR
Lucas Mascarenhas
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Lucas Mascarenhas
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