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Trajetória

Fenômeno nos anos 80, Lulu Santos combate homofobia com amor

Cantor que completa 70 anos nesta quinta (04), assumiu relacionamento com baiano em 2018

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Redação iBahia

04/05/2023 às 11:18 - há XX semanas
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					Fenômeno nos anos 80, Lulu Santos combate homofobia com amor
Foto: Reprodução/Instagram

De uma família de classe média do Rio de Janeiro, no dia 04 de maio de 1953 nascia Luiz Maurício Pragana dos Santos, ou como conhecemos, o mestre Lulu Santos.

O cantor se tornou uma febre no início dos anos 1980 com o disco "Tempos Modernos" que rendeu o hit de mesmo nome. Lulu seguiu com uma carreira sólida até o próximo grande hit, "Toda Forma de Amor", ser lançado em 1988.

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A canção faz parte do disco homônimo e sexto álbum do cantor, além de ser o primeiro em que ele atuou como produtor das músicas.

Lulu Santos ainda não sabia, mas desde aquela época ele dialogava com o futuro ao defender o amor acima de tudo e lutar contra as formas de preconceito.

De lá para cá, o cantor seguiu trabalhando na música, colecionando hits e virou figurinha carimbada na TV ao se tornar técnico do "The Voice Brasil", em 2012, onde permanece como único que participou de todas as temporadas.

Em 2018, o cantor se assumiu bissexual e compartilhou um clique com o então namorado, atualmente marido, Clebson Teixeira.

"É claro que a gente está vivendo um momento muito especial e queria dividir isso com vocês. E o carinho enternece e a gente deseja o mesmo em dobro", escreveu na época para agradecer ao apoio dos fãs.


				
					Fenômeno nos anos 80, Lulu Santos combate homofobia com amor
Foto: Reprodução/Instagram

Lulu Santos, porém, precisou enfrentar barreiras como a homofobia e defendeu ser justa toda forma de amor, como canta há décadas.

"Qualquer foto que posto no Instagram ou Facebook junto com o Clebson recebe comentários maldosos. Mas não discuto com dogmas, não tenho paciência. Não há interlocução com pessoas que são preconceituosas, terraplanistas e negacionistas", desabafou em entrevista ao jornal O Globo, em 2020.

Apesar dos ataques, Lulu acredita ter sido bem recebido pelos fãs após o relacionamento com o baiano se tornar público. “Eu não poderia deixar de dizer que, ainda que eu tenha sido bem recebido na colocação pública da minha vida, da minha forma de amor e de Clebson por mim, a gente tá num país que mais mata pessoas trans no mundo", disse ao Faustão ano passado.

"Este é o Brasil que eu não queria que estivesse em primeiro lugar. O país da violência doméstica contra a mulher, contra a criança, contra velhos, contra índios… Esse é o país da intolerância”, finalizou.

E de volta ao Lulu Santos do primeiro disco de sucesso, em entrevista ao jornal O Globo, em 1983, nos 30 anos do cantor, ele prova que a música sempre foi seu jeito de lutar e representar.

"É através da música popular que eu sinto a unificação do país. Do Oiapoque ao Chuí, tenha o sotaque que tiver. Sempre fiquei impressionado com a cultura de massa, e é isso o que faço. Mas não tem aí nenhum dom. Isso vem da certeza de que não há motivo para embarcar em ideologias elitistas e repressoras. O que eu curto é levar entretenimento. Quero servir de ponto para a nação. Eu e minha música ajudando a unificar o Brasil", disse na época.

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