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MÚSICA

Entrevista: Gal Costa fala sobre show Espelho D'Água

Em conversa com o iBahia, a cantora comentou sobre novos show e disco, sua música, volta a Salvador e os fãs mais jovens

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06/11/2014 às 16:40 • Atualizada em 27/08/2022 às 19:13 - há XX semanas
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Gal Costa é uma das poucas cantoras brasileiras que dispensam apresentações. Sua voz marcante é uma das mais conhecidas do Brasil. A baiana volta para sua cidade natal para encantar seus conterrâneos com o show inédito 'Espelho D'Água'. O nome do novo espetáculo de Gal é o título da única música inédita do show, feito em voz, violão e guitarra, e concebido para a inauguração do Teatro Safra, em São Paulo. A canção é uma parceria de Marcelo Camelo com seu irmão Thiago, enviada a Gal pelo compositor.
Ícone da música brasileira, Gal Costa apresenta show inédito 'Espelho D'Água' na sala principal do TCA, com músicas que marcaram sua carreira (Foto: Divulgação)
"Espelho d’água significa reflexo, coisas do passado, do presente e até do futuro", explica a cantora. No repertório, escolhido a quatro mãos, ao lado do jornalista e amigo Marcus Preto, canções que consagraram sua carreira, como 'Folhetim', de Chico Buarque, 'Vaca Profana' e 'Você não entende nada', de Caetano Veloso, 'Sua Estupidez', de Roberto e Erasmo Carlos, entre tantas outras.A cantora, que começou a carreira na década de 1960 e fez parte do Tropicalismo, ao lado de Tom Zé, Gilberto Gil e Caetano Veloso se renova, com quase 50 anos de carreira, depois do sucesso da turnê de seu último disco, Recanto, lançado em 2011. "Recanto era uma somatória de todas as Gals", conta, mas também adianta que nada do antigo show será visto no atual. " A ideia foi renovar mesmo", fala.Sucesso de crítica por onde já passou, 'Espelho D'Água' promete encantar todos que forem conferir o novo trabalho da camaleoa, que será apresentado, neste sábado (8), às 21h, na sala principal do Teatro Castro Alves. Em entrevista ao iBahia, ela contou como foi conceber o novo projeto. Também fala também sobre o novo disco que já está em fase de gravação e o envolvimento com seu público jovem.
iBahia - Como é voltar para Salvador com mais um show e, desta vez, com um show inédito? Gal Costa - É uma grande emoção. Estou muito feliz em poder levar este show a Salvador. Espero que o público se emocione tanto quanto eu fico emocionada de estar no palco com esse repertório.O show tem recebido boas críticas por onde passou. Quais as novidades do 'Espelho D'Água' e o que o público de Salvador pode esperar desta apresentação?Esse show é totalmente novo. O formato voz e violão já vinha sendo apresentado há muito tempo, mesmo durante a turnê do 'Recanto'. Fui convidada, então, para fazer um show no Teatro Safra, em São Paulo, e queria mudar o repertório do show voz e violão que vinha fazendo, queria montar um roteiro diferente, pois estava cansada do que vinha fazendo nesse formato. Esse foi o ponto de partida.Como foi que você conheceu a música Espelho D'Água? O Marcelo fez exclusivamente para você? Como surgiu essa parceria?Marcelo compôs essa música e me mandou. Eu gostei demais. Sem dúvida, um grande presente. Eu gosto muito do jeito que o Marcelo compõe, como ele harmoniza as canções e as letras. Ela é a única música inédita deste show e estará no próximo disco. Além disso, ela dá nome ao show. Para não chamar o show só de Voz e Violão, resolvi colocar o nome dela como nome do show porque o espelho d’água significa reflexo, coisas do passado, do presente e até do futuro. Era exatamente isso que o repertório do show significa.O show chama atenção porque traz diversas músicas que não estão nos palcos há muito tempo. Como foi o critério de escolha para as canções?Quando resolvi mudar o repertório do show, conversei com o Marcus Preto sobre essa ideia. Ele juntou as capas de todos os meus discos, eu fui assinalando as que eu queria cantar e ele foi sugerindo o que pensava também.Por que escolher um repertório com essa característica? Essa foi a linha de raciocínio que usamos, baseados na ideia de mostrar mesmo os clássicos que ficaram conhecidos na minha voz.
A voz marcante de Gal, um violão e uma guitarra compõem o espetáculo com músicas escolhidas especialmente pela cantora ao lado do amigo Marcus Preto (Foto: Divulgação)
Quem escolheu o repertório do show com você foi o Marcus Preto. Como surgiu essa parceria com o jornalista?Nos conhecemos há muito tempo. Preto conhece muito da minha carreira, do meu repertório e tem uma grande sensibilidade musical. Além de ser um grande amigo. Sendo um ícone da música brasileira, como você se sente revivendo essas canções que fizeram tanto sucesso em sua carreira depois de anos?Esse show é um presente para mim. 'Recanto' era uma somatória de todas as Gals. A Gal transgressora, a Gal clássica. Era um show intenso, que me arrebatava, uma entidade me tomava, mesmo. Quando conversei com o Preto sobre o novo show de voz e violão, ele me convenceu de que a gente podia levar essa “entidade” para este novo show. E sinto que conseguimos.A gente pode esperar músicas do 'Recanto' no novo show ou elas foram barradas? Infelizmente, não. A ideia foi renovar mesmo.
Em que etapa está o disco novo e o que seu público pode esperar dele, em questão de composições e autorias de músicas?Já estamos em estúdio, gravando o novo disco. O CD deve sair no começo do ano que vem e o repertório está todo escolhido já. Será produzido pelo Kassin e pelo Moreno. Terá uma música de Caetano e uma do Gil também. Tem um música do Criolo com o Milton Nascimento, que eu gosto muito também, e duas músicas do Marcelo Camelo.O 'Recanto' fez muito sucesso entre o público jovem. Como você enxerga esse envolvimento com um público que já te conheceu com algum tempo de carreira? Como é esse diálogo de sua música com a juventude? 'Recanto' trouxe mesmo um público mais jovem. A minha alma é jovem, de cabeça eu me considero mais nova do que cronologicamente. Cantar para jovem é bom, a energia é forte. A maturidade, sem dúvida, é boa, mas ser jovem é maravilhoso. Foi comovente ver a recepção do público durante a turnê e ver que o público foi se renovando também. Os mais jovens tem um jeito especial de cantar e sentir as músicas e isso foi importante para mim.*Com orientação e supervisão de Márcia Luz

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