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Em seu segundo disco, Sam Alves exercita o lado compositor em cinco faixas (Foto: Guto Costa/DIvulgação) |
Quem não se lembra da batalha entre os então concorrentes Sam Alves e Marcela Bueno, na segunda edição do The Voice Brasil? Talvez a disputa mais memorável da versão brasileira do reality show, o embate sagrou o cearense de cabelos cacheados como vencedor. Ali já estava sendo traçado o destino do cantor que, seis apresentações depois, levou o título de campeão. Logo que saiu do programa, por contrato, Sam gravou seu primeiro disco com os covers que o levaram ao apogeu. Desde A Thousand Years (Christina Perri), trilha da tal batalha, até Pais e Filhos (Legião Urbana). De novo tinha apenas as músicas Você Existe em Mim, de Carlinhos Brown, Josh Groban e Lester A. Mendez, e Be With Me, de autoria do próprio Sam. Um ano depois, o músico, agora com 25 anos, lança seu segundo álbum pela Universal Music, intitulado ID. O disco bilíngue traz 11 faixas, sendo cinco delas autorais. Criado em Massachusetts, Sam não quis fugir do idioma em que iniciou sua carreira musical. “É uma forma de continuar a mesma maneira que sempre cantei, minha identidade. Fui criado nos Estados Unidos, falo inglês. Isso também aproxima minha música de outros países”, afirma. Das quatro canções em inglês, duas delas, Tired e I Wanna Fall, são de sua autoria, sendo a primeira em parceria com Lipe Bade e Zulu Mike. Ele ainda assina Esse Mistério, Amanhecer e Não Vou Parar. “Não tem como eu dizer que não é mais fácil escrever em inglês. Mas estou escrevendo muito em português”, assume. Cautela Diferente do seu principal concorrente, o irmão de emissora SuperStar, o The Voice Brasil leva os seus participantes a gravarem no primeiro disco algumas das canções que executaram durante o talent show. O dominical, por sua vez, permitiu em sua primeira edição que as bandas já lançassem o primeiro projeto completamente inédito. Para Sam, esse comportamento é reflexo de uma preocupação da gravadora e da produção do programa com o futuro dos artistas. “A questão é que, no passado, as pessoas que saíam de reality shows no Brasil não faziam sucesso. Então, é uma segurança colocar músicas conhecidas, que as pessoas já viram na TV e gostaram. É sábio, eu acho”, pondera o artista. Apesar disso, ele confessa que preferiria ter apresentado sua verdadeira identidade logo no primeiro trabalho.“Eu gostaria que o primeiro disco fosse autoral, claro. Mas tivemos que optar por isso pelo formato do programa. Pra mim deu certo, deu uma continuidade e a galera foi conhecendo a minha música”, diz.