“Tenho uma passagem sem volta e um montão de sonhos dentro de uma mochila”, diz a letra de “Trás de Mi”, um dos hits do RBD que se encaixam perfeitamente na realização do sonho de Allan Cristian, de 30 anos.
O baiano de Acupe, distrito de Santo Amaro, localizado no Recôncavo Baiano, se tornou fã do grupo ainda em 2004, por conta da novela e de lá para cá não deixou de acompanhar as carreiras de Dulce María, Anahí, Maite Perroni, Alfonso Herrera, Christopher Uckermann e Christian Chavez.
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"Eu estava na escola ainda, em 2004. Comecei a gostar pela novela e continuei gostando mesmo a banda não estando ativa. Sou fãs deles, cada um na sua carreira, acompanho todos. Tenho discos, pôsteres e DVD", disse em entrevista ao iBahia.
O amor pela banda acabou ultrapassando a admiração e se transformou em dedicação ao legado deixado pelo grupo por meio de um fã-clube, o RBD Bahia.
"A nossa geração já é bem lá anos 2000. Então tem a galera que a gente já conhece e outras que conhecemos através da internet. A gente nem imaginava que tinha tanto fã do RBD do Nordeste", disse o fundador do fandom da banda na Bahia, o @_rbdbahia.
Em busca de um sonho
Retomando a carreira em grupo, os cinco músicos embarcaram na turnê internacional “Soy Rebelde Tour”, com oito passagens pelos Brasil, mas nenhuma pelo Nordeste.
O momento se tornou a única oportunidade para Allan conseguir assistir a um show do grupo favorito, mas os custos da própria apresentação, além de hospedagem e passagens acabou o afastando do desejo.
“Tudo começou quando lançaram o segundo lote de ingressos, né? Porque no primeiro lote eu não tinha perspectiva de ir para o show não. Quando chegou na segunda remessa, um amigo pediu que eu fizesse uma vaquinha online para ir ao show, mas eu fiquei inseguro”, explicou.
A insegurança dele acabou inibindo o desejo de criar uma vaquinha, mas o sonho de ver a banda RBD de pertinho pela primeira vez acabou falando mais alto e ele decidiu tocar a ideia para frente.
“Resolvi fazer a vaquinha, gravei um vídeo sem aquela coisa de dizer ‘vai acontecer’, gravei por gravar’ aí foi aquela coisa de compartilhar, ainda estando um pouco inseguro. Foi crescendo, fui ficando muito ansioso”, comentou o fã.
Após duas semanas da vaquinha, o inesperado aconteceu e Allan acabou ganhando notoriedade e chegou a ser compartilhado pela apresentadora Maju Sanchez, do “Art Attack”, programa do Disney Plus.
A exposição acabou colocando ainda mais holofote sob a história do baiano e ele acabou em contato com uma pessoa que deu de presente para ele um ingresso para o show do RBD.
“Ela falou que tinha comprado mais ingressos e queria me doar um para mim, para o dia 10 [de novembro]”, relembrou emocionado.
Coleção de primeiras vezes
Com o ingresso nas mãos, Allan usou o dinheiro arrecadado na vaquinha para gastos com passagem e locomoção no Rio de Janeiro, onde assistiu ao show na noite da sexta-feira (10).
Esta foi a primeira vez que ele andou de avião, bem como as primeiras vezes que o baiano esteve no Rio de Janeiro e viu de pertinho os ídolos da adolescência.
“Foi a primeira vez que andei de avião. A viagem foi uma loucura, em nenhum momento eu tive medo, mas fiquei nervoso porque era a primeira vez. Encontrei fãs no aeroporto, a gente conversou, trocou experiência e nos combinamos de encontrar [no show]. Ainda não caiu a ficha”, disse.
Na trajetória entre admiração e trabalho de fã, Allan encontrou outras pessoas que também são seguidoras do grupo mexicano, verdadeiras amizades no caminho.
“Conheci muitas pessoas, fiz amigos, pessoas próximas assim. É um sonho que eu tô realizando, mas todo mundo que doou para a vaquinha e não pôde ir estará comigo [no show]”, afirmou.
Vale lembrar que o RBD ainda fará outros seis shows no Brasil, com apresentações também em São Paulo.
Lucas Mascarenhas e Nathália Amorim
Lucas Mascarenhas e Nathália Amorim
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