Trazendo uma nova proposta de música para o carnaval baiano, o Baiana System é formado por Russo Passapusso, Robertinho Barreto, Marcelo Seco, Wilton Batata e João Meireles. Eles lembram o quanto é possível se pensar uma música baiana que dialogue com qualidade, tanto com os ouvidos quanto com os corpos dos espectadores.Os soteropolitanos surpreendem pela sonoridade imprevisível e livre para improvisos, além de trazerem letras politizadas e descontraídas, com o diferencial de uma nova roupagem para o instrumento homenageado do ano: a guitarra baiana.A cantora Larissa Luz subiu ao trio durante primeira execução de 'Terapia', aposta do Baiana System para esse carnaval que referencia até o popular ritmo do Arrocha. Larissa foi vocalista da banda Araketu até 2012 e esse ano apresenta seu projeto solo.
No clima do grupo, a cantora também mistura os ritmos populares baianos e africanos em suas músicas, como é o exemplo de 'Trança', cantada duas vezes durante o percurso. "Com meu trabalho solo eu tive mais liberdade para arriscar com novos ritmos e outras referências", diz ela. Conheça aqui o trabalho solo de Larissa Luz: https://soundcloud.com/larissa-luz
O carnaval ainda quem faz é o folião
A cada metro do percurso os foliões iam se aproximando, usando as máscaras distribuídas e seguindo o trio, formando uma bonita aglomeração de admiradores do carnaval. "O Baiana traz de volta o carnaval de verdade, não tem coisa melhor do que sair sem corda e ouvir o som da guitarra baiana renovada", diz a estudante de arquitetura Catarina Barreto.Veja também: Procurando um trio ou bloco? Localize no 'Onde Está Meu Trio'Carnaval 2013: confira tudo sobre a folia no nosso canal especial Foi clicado pelo iBahia? Veja as fotos no iSSA! Conheça os hits do Carnaval 2013 e vote na sua preferida Estrelas do Carnaval viram máscaras e papertoys; baixe, imprima e brinqueApesar de ter tido grande público durante todo o trajeto, foi em Ondina que o negócio pegou fogo. Quando Russo Passapusso e Fael 1º entoaram algumas das letras já conhecidas dos bailes de dancehall da cidade, os foliões foram ao êxtase. "Esse é o carnaval dos amigos, todo mundo se conhece, todo mundo curte junto", disse Fael visivelmente emocionado.
Os problemas no som do trio elétrico, que se fizeram perceptíveis a partir do Morro do Gato não desanimou a multidão. Ela se fez solidária e colaborou para que tudo voltasse ao normal, sinalizando onde o som estava nítido ou não
Para Robertinho Barreto, responsável por experimentar a sonoridade da guitarra baiana no grupo, esta apresentação funcionou como um termômetro, pois a última vez que tocaram em um trio no carnaval, o grupo estava em um momento diferente. "Estávamos curiosos para saber realmente como é colocar o som do Baiana na rua. Apesar da gente colocar alguns questionamentos sobre como está acontecendo à festa atualmente, o Carnaval é nossa principal orientação e referência, tanto rítmica como estética", explica.
Além disso, o grupo tocou músicas do seu primeiro álbum, como 'Barravenida' e 'Jah Jah Revolta' e outras que ainda não possuem gravação divulgada, a exemplo de 'Calundu'. Hinos do samba-reggae baiano, tais como 'Eu sou negão', 'Protesto do Olodum' e 'Elegibô' ganharam versões mais pesadas, sem perder o encanto e provocando muito suor e lágrimas nos presentes.
Para quem perdeu ou quer ver de novo, o grupo se apresenta na segunda-feira no palco da praça Castro Alves. Dividindo a noite com Paulinho Boca-de-Cantor, Moraes Moreira e a banda de reggae Diamba.*Publicação colaborativa da equipe do site Rebucetê
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