Adriana Calcanhotto é finalista no concurso mundial de compositores, o International Songwriting Competition graças ao voto popular na categoria World Music com a sua composição recente, 'Veneno Bom'.
A cantora sente muito orgulho de estar entre os 1% dos participantes que receberam Menção Honrosa. Foram 26 mil inscrições de 158 países.
Em entrevista à Revista Quem, a artista falou sobre o processo criativo por trás de 'Veneno Bom'.
"Veneno Bom surgiu quando estava compondo meu disco, que virou o CD da pandemia, formado por crônicas daquele momento de março e abril de 2020. Estava mandando para Maria Bethânia para ela conhecer, que faço isso sempre, e ela fez um comentário usando essa expressão: veneno bom. Eu fiquei muito interessada e impactada. Nunca tinha ouvido isso antes. Não sei se ela inventou isso, mas fiquei pensando e no dia seguinte fiz a canção", disse Adriana.
"Bethânia a guardou um pouquinho com ela, mas acabou gravando uma outra chamada Dois de Junho e Veneno Bom foi para o festival e ganhou uma menção honrosa, que é igual ganhar na categoria, mas sem o peso, o adesivo na testa que eu acho até mais legal", continuou.
De acordo com a artista, o isolamento social imposto em decorrência da pandemia do novo coronavírus contribuiu para aumentar o fluxo de composições.
"Eu acho que na quarentena a criatividade aumentou também porque para se colocar em uma frequência de criação, não existe um momento ideal, não acredito nisso, mas estando sossegado em casa, é muito diferente de estar compondo em uma fila de avião, com tanta agitação, como é a vida na estrada. Estando em um lugar sem tanta interrupção, para mim, funciona mais. Trabalhei mais meu processo criativo", analisou para revista.
"Hoje em dia, tenho mais consciência do processo, porque comecei a dar aula de composição. Tenho aprendido muito com outros compositores métodos de organização, ter um banco de ideias, como a Marisa Monte. Vou observando outros artistas e reunindo material para dar aula e tem dado certo. Tenho composto mais do que nunca. Minha produção de composição sempre foi pouca e agora digo que ela é média", completou a cantora.
A rotina de Adriana não mudou muito por conta da pandemia, a artista revelou que era caseira antes mesmo do isolamento.
"No começo, o isolamento social não mudou minha vida em nada. Porque quando estou sem trabalhar, gosto de ficar em casa, cuidando do jardim, dos bichos. Então, não foi ruim nesse sentido e eu trabalhei muito, compus, fiz um disco. Agora, tenho saído um pouco mais, tomando todos os cuidados, mais para olhar como as coisas estão se dando, como tudo está acontecendo. Gosto da quietude, por isso, moro no mato", confessou.
A cantora utiliza as suas redes sociais para dar voz as minorias e menos favorecidos, apesar de ser bastante discreta na vida pessoal. "Estou sempre pensando nisso, sempre fiz muito. Gosto de ajudar as causas e o que eu posso fazer é dar o meu trabalho. Estou sempre fazendo coisas e algumas, inclusive, não-públicas, porque acredito nisso e faz bem para quem faz também e modifica para melhor a sociedade", afirmou Adriana Calcanhotto.
Adriana confirmou acreditar que o segredo para o equilíbrio está no trabalho e no autocuidado.
"Para o equilíbrio, temos que trabalhar todos os dias, sempre. O equilíbrio significa cuidar do corpo, meditar, ter sossego, estar no meio da natureza. Isso tudo ajuda muito no equilíbrio. E a arte que se vê, se faz também contribui. A arte me salva", finalizou a cantora em entrevista.
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Redação iBahia
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