A Bienal do Livro Bahia 2024 anunciou participação de representantes dos povos originários do país: Kaká Werá e Glicéria Tupinambá. O evento vai reforçar, nesta edição, a diversidade e a preocupação com a inclusão do pensamento e das vozes indígenas na literatura brasileira. A Bienal será realizada entre os dias 26 de abril e 1º de maio, no Centro de Convenções Salvador.
Kaká Werá
Representante do povo tapuia, Kaká é ensaísta, roteirista, editor, ambientalista e conferencista indígena. Entre seus livros mais conhecidos e premiados estão “A Terra dos Mil Povos”, “As Fabulosas Fábulas de Iauaretê” e “Menino-Trovão”, que ganhou alguns dos principais reconhecimentos na literatura infanto juvenil: o prêmio Cátedra Unesco-Puc Rio, o selo Altamente Recomendável, pela FNLIJ, e o prêmio de melhor livro infanto-juvenil de 2023, também pela FNLIJ.
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Além disso, ele é fundador do Instituto Arapoty, empreendedor social da Rede Ashoka de Empreendedores Sociais e conselheiro da Bovespa Social & Ambiental. Desde 1998, leciona na Universidade Holística Internacional da Paz (Unipaz) e na Fundação Peirópolis. Aos 60 anos, Kaká é considerado um dos autores precursores da literatura indígena no Brasil.
Glicéria Tupinambá
Também conhecida como Célia Tupinambá, Glicéria nasceu e se criou na Serra do Padeiro, na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, Bahia. Ela está cursando mestrado no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social pela UFRJ.
Em 2006, após o povo Tupinambá retomar suas terras na Serra do Padeiro, Célia decidiu fazer o primeiro Manto Tupinambá, para agradecer aos espíritos indígenas conhecidos como Encantados. A confecção dos mantos está intimamente ligada à história do território, seu cotidiano, sua memória..
No ano de 2021, o manto protagonizou a exposição "Kwá yapé turusú yuriri assojaba tupinambá". Mais recentemente, Célia foi vencedora da 10ª edição da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS, com o projeto “Nós somos pássaros que andam”. A obra, realizada em diálogo com Mariana Lacerda e Patrícia Cornils, participa da exposição “Entre nós: dez anos de Bolsa ZUM/IMS”.
Bienal do Livro Bahia
A Bienal do Livro Bahia volta para Salvador entre os dias 26 de abril e 1º de maio, no Centro de Convenções, com a temática "Histórias que a Bahia Conta". O evento vai abrir espaços para reflexões, debates e, claro, conhecimento. A edição de 2022 recebeu mais de 90 mil visitantes e marcou o retorno do circuito ao Nordeste.
Neste ano, a Bienal do Livro Bahia contará com baianos em todas as mesas, com grandes nomes que fazem sucesso nas áreas de literatura, cultura e entretenimento.
Os curadores desta edição serão a jornalista e escritora de Salvador Joselia Aguiar, que estreou na escrita com a biografia "Jorge Amado - Uma biografia", vencedora do prêmio Jabutti, em 2019; a jornalista Mira Silva, que dirige o "Encontro" com Patrícia Poeta, que ficará responsável pelo Espaço Infantil; e o doutor em teoria literária Schneier Carpeggiani, que participará da construção do evento e ficará com a Arena Jovem.
Isadora Gomes
Isadora Gomes
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