Biólogos observadores de baleias tiveram uma experiência inusitada, na semana passada, quando navegavam pelo litoral da Austrália. Ficaram em estado de choque ao perceber o ataque de orcas a um outro grupo da espécie cachalote. A cena era brutal.
As baleias cachalote estavam visivelmente apavoradas, esbaforidas, tentando respirar e cansadas. Enquanto isso, as orcas batiam com a cauda, com intenção de levar as presas ao extremo cansaço. O objetivo era afogar as vítimas.
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Os observadores perceberam, então, que as orcas tinham como alvo um filhote das cachalotes, que tentavam de tudo para proteger a cria. Quase tudo, pois foi aí que veio o inesperado.
“As cachalotes estavam em grupo, amontoadas, com a cabeça para fora da água e soltando jatos fortes. Tentavam recuperar o fôlego”, disse a bióloga marinha Jennah Tucker ao portal “Metro”.
Ela narra que foi aí que perceberam uma “grande bolha escura subindo à superfície”. Os observadores chegaram a pensar que era sangue, que alguma baleia havia sucumbido ao ataque. As orcas, então, estariam devorando a presa. Mas não foi bem assim.
“De repente uma das orcas começou a bater a cauda, como se fosse um sinal. Imediatamente as outras se afastaram das cachalotes”, explicou Jennah.
Só então viram que a tal mancha de sangue era, na verdade, o que os técnicos chamam de “nuvem de diarreia” ou “defecação defensiva”. As baleias cachalote usaram esse último recurso para salvar a cria.
A cor avermelhada assustou as agressoras, assim como os biólogos, pela cor avermelhada. Isso ocorre em razão da dieta das cachalotes, que é feita à base de lulas, cuja tonalidade é vermelha. Natureza em curso!
Mauricio Louro
Mauricio Louro
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