Independentes e brincalhões: conheça as características dos gatos

Nos dias de hoje as pessoas não têm muito tempo para ficar em casa, e por isso, o número de gatos vem aumentando nas residências dos brasileiros.

Um estudo da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) mostra que a população felina cresceu 6% se compararmos os anos de 2021 e 2022, enquanto que o número de cães aumentou 3,5%. Os dados mostram que em 2022 o Brasil possuía 33,6 milhões de gatos de estimação.

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“Cuidar de gato é mais fácil. A gente só precisa de uma caixinha de areia, uma ração de qualidade, muitos potes de água pela casa, fazer escovação 3 vezes ao dia, dar carinho e saber receber o carinho do gato”, diz a médica veterinária Ilka Gonçalves.

De acordo com a especialista, os cachorros exigem mais atenção dos seus tutores, mas isso não significa que os felinos não são apegados aos seus donos.

“O gato é muito diferente do cachorro. O cachorro exige uma atenção muito grande da gente, ele precisa passear, e tem a submissão que o gato não tem. O gato é mais independente. Dizem que ele é apegado a casa, mas só fala isso quem nunca teve gato. Os gatos têm várias personalidades, mas sabem pedir carinho e interagir com você. A gente só precisa respeitar a forma que ele se comunica com a gente, que é diferente de cachorro”, explica.

Como entreter um gato

O gato não precisa de muita coisa para ser feliz, mas também não dá para colocá-lo num apartamento sem atrativos. Eles gostam de caixas de papelão, túnel, bolinhas de papel e prateleiras.

“No geral o tutor não precisa se preocupar com muito brinquedo. Os gatos gostam de caçar, eles mantêm esse hábito selvagem. Então deixem prateleiras livres pra eles subirem, bolinhas de papel espalhadas pela casa. O sedentarismo é um problema sério. Os gatos ou estão dormindo ou estão caçando. Eles precisam de espaço para brincar, e o enriquecimento ambiental é fundamental pra isso”, afirma Ilka.

Alimentação

Nos desenhos animados a gente vê os gatos comendo peixe e tomando leite, mas na vida real eles só precisam de uma boa ração e água, muita água. De acordo com Ilka, o gato tem hábito de petiscar, diferente de um cachorro que senta e faz uma refeição.

“O ideal é que o tutor divida a ração em várias porções por dia. É importante também alternar o tipo de ração ao longo da vida para que eles não fiquem viciados em apenas um tipo. Lá na frente, quando eles tiverem bem velhinhos, vai haver uma necessidade de uma ração específica e essa adaptação vai ser mais tranquila”.

A veterinária também chama a atenção para a importância da água. “O gato é um animal preguiçoso. Se bater a sede e ele estiver no quarto, e só tiver água na cozinha, ele vai desistir. Por isso tem que ter potes de água pela casa toda. As rações úmidas também são legais para variar o paladar do gato e é uma forma de fazer ele ingerir água”, chama atenção.

Castração

Assim como os cachorros, os gatos também podem demarcar território dentro de casa e a solução para esse problema é a castração. Os felinos não querem ter o seu território invadido e por isso fazem xixi onde não devem.

Como a urina do gato tem um odor mais forte, isso pode ser um problema para os outros moradores, principalmente humanos. “A maioria dos gatos já sabe onde fazer suas necessidades fisiológicas. Eles aprendem com a mãe, além de ser instintivo. Alguns, no entanto, vão querer demarcar o território. Tem gatos inteiros adultos que não têm esse problema, mas são poucos”, explica Ilka.

Além de evitar a demarcação de território, a castração previne doenças e evita que ele queira sair de casa para cruzar.

Curiosidade

Sabe aquele barulhinho que os gatos fazem próximo da gente? O ronronar é uma vibração de uma musculatura da laringe/faringe e o gato só faz isso quando está feliz.

A literatura diz que em casos de muita dor grave eles também podem ronronar, mas é muito raro. No geral significa bem-estar, e eles aproveitam para acarinhar seu tutor usando as patinhas para fazer uma massagem.

“As pessoas as vezes confundem com bronquite ou asma, mas não tem nada disso. É felicidade mesmo”, esclarece a veterinária.

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