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GASTRONOMIA

Conheça 5 lugares para comer comidas gringas em Salvador

Tem sanduichão árabe feito por um palestino no Imbuí e doce típico francês é arte de um chef belga no Caminho das Árvores; conheça outros três points

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Redação iBahia

12/01/2018 às 15:20 • Atualizada em 28/08/2022 às 13:03 - há XX semanas
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Kebab, milanesa, croissant, poke, macaron e éclair - nome original, em francês, daquele doce que chamamos de bomba - são protagonistas dos cardápios de cinco novidades gastronômicas que abriram as portas na capital baiana de um ano para cá. Algumas ainda não têm nem um mês. Fomos conhecer todas. Provamos e indicamos o que tem de imperdível em cada uma. E importado não precisa ser caro: tem doce a partir de R$ 6,90 e sanduichão que vale por almoço por R$ 13. Embarque nessa viagem por sabores do mundo sem sair de Salvador.

Atelier Laurent

Velha conhecida dos baianos como bomba, a éclair francesa ganhou seu primeiro templo em Salvador, o Atelier Laurent, em dezembro de 2016. Por a partir de R$ 6,90 dá para provar a excelente combinação de baunilha com chocolate, campeã de vendas, com cerca de 1.500 unidades por semana. Ela é presença garantida entre as 10 opções diárias, que podem incluir sabores como supreme de coco (R$ 9,90), framboesa (R$ 8,90), limão siciliano (R$ 7,90) e a sensacional maçã tatin (R$ 7,90), inspirada na torta de maçã. É tudo artesanal, feito lá mesmo. E nada enjoa.

“A ideia nasceu no aniversário da esposa de um amigo, o Stephanie Pereé. Fiz uma torta e várias éclairs. As pessoas mal tocaram na torta. Já as éclairs fizeram o maior sucesso”, conta o chef Laurent Rezette, radicado há mais de 20 anos por aqui. Ele já passou pelas cozinhas do Amado e do Chez Bernard, além do Villa Lorraine (Bruxelas, capital belga) que tem uma estrela no Guia Michelin, a bíblia da gastronomia mundial.

As doces e saborosas éclairs francesas são carros-chefes do Atelier Laurent (Fotos: Renato Santana / Divulgação)

O chef lembra ainda que os doces fizeram parte de sua infância, na cidade de Carlsbourg (Bélgica). “Essa tradicional, recheada com creme de baunilha e coberta com chocolate é a que minha mãe fazia para a gente nos aniversários”, diz. Outras delícias são o croissant (R$ 4,50) e o pan au chocolat (R$ 4,90), cujas massas leves, folhadas e delicadamente amanteigadas casam perfeitamente com um cafezinho (a partir de R$ 3,50). De segunda a sexta tem promoção da éclair do dia por R$ 5,50.

Vá lá

2ª a sábado, das 7h às 20h. Domingo até 18h. Av. Tancredo Neves, 620, Mundo Plaza, loja 107, Caminho das Árvores. Insta: /atelierlaurent. Tel.: 71 3022-9377.

Shawarma Basha

Quem já provou o sanduíche árabe, que também é popular na Europa, vai poder matar a saudade. Há pouco menos de um ano, o simpático palestino Ahmed Shaheen fincou seu espeto de carnes no Imbuí. Primeiro num carrinho e, há cerca de três meses, num trailer. A namorada, Rose, fica no caixa e ele mesmo faz os kebabs, que são chamados pelo nome árabe: Shawarma (se fala xauérma). O de carne custa R$ 16. O de frango e o misto, R$ 13.

Os três vêm com batatas fritas dentro e dá para escolher o que vai acompanhar a proteína: salsa, repolho, alface, tomate e cebola. Provei o misto - o que mais sai, com cerca de 100 unidades por dia em fins de semana - e adorei o tempero, que tem um leve toque de especiarias (bem suave). Destaque para o homus (pasta de grão de bico) e para o pão árabe, feitos por ele.

O cheiro do kebab fisga quem passa pela praça do Imbuí: sanduichão é quase um almoço.

Para quem ama pimenta, a frente do trailer tem 11 tipos, como tabasco, sriracha, jalapeño e algumas artesanais baianas. Mas como ele veio parar aqui? Trabalhava na Palestina vendendo kebab. Chegou em São Paulo, há dois anos, trabalhou vendendo roupas e veio para cá assim que conseguiu juntar o dinheiro para comprar equipamentos de preparar kebab. ”Conheci, como turista, 12 países. China, Malásia, Tunísia... Escolhi Salvador porque aqui é bom para conversar. Em outros lugares, as pessoas têm o coração gelado. Aqui fiz várias amizades”, explica ele. Parte das pimentas, por exemplo, foi presente de um cliente que virou amigo, o fotógrafo Imas Pereira, que frequenta a praça.

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De terça a domingo, de 18h às 23h30. Aceita débito e crédito. Foodtruck preto na praça que fica entre a Rua das Gaivotas e a Jayme Sapolnik. Insta e face: /shawarmabasha. Tel.: 71 99643-0442.

Cachafaz Milanesas

“As milanesas são petiscos populares em Buenos Aires. É carne ou frango empanado com molhos por cima. Depois, é gratinar e servir”, explica o argentino Luis Gimenez. A que provei, uma das mais pedidas, a Texas (R$ 39,90), estava macia por dentro e crocante por fora. Tinha molho barbecue, bacon defumado e cebolinha frita. Veio com chips de batata doce e um purê de abóbora fantástico. É possível trocar por salada, mas não aconselho. “O purê é cozido no forno a lenha. Fica saborosíssimo, espetacular”, garante Luis. Tem milanesas a partir de R$ 28,90 (a clássica, sem molhos).

A milanesa Texas, do Cachafaz: macia por dentro, crocante por fora e saborosíssima.

O deck de madeira da entrada é agradável: tem uma árvore e comporta 40 pessoas. Na parte de dentro, climatizada, cabem cerca de 30 pessoas. O cardápio de cervejas da casa oferece 20 opções, como a Patagonia (R$ 35 - 600 ml), artesanal da Argentina. O nome do restaurante que abriu em dezembro de 2016 é uma gíria da capital argentina que equivale a ‘malandro’. Luis viveu a maior parte de sua vida lá. Morou um tempo no Marrocos. “Tinha um restaurante em Casablanca. Um amigo me chamou para Morro de São Paulo. Vim para três meses e resolvi ficar”, conta ele.

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De domingo a quinta, de 11h30 às 23h. Sexta e sábado até 1h. R. Alexandre Herculano, 29, Pituba. Insta: cachafaz.salvador. Tel.: 71 3015-2854.

Madame Ladoux

Impossível passar com indiferença pela loja da Madame Ladoux. A que fica há menos de um ano no L2 do Shopping Bela Vista impacta com cores cremosas. Ponto para a arquiteta Lais Galvão, que assina o projeto. Com cadeiras acolchoadas e almofadas coloridas, parece uma casa de bonecas. O cenário chama tanta atenção que já teve gente fantasiada de madame francesa das antigas para tirar foto na loja.

Os macarons estão entre os docinhos mais vendidos da confeitaria Madame Ladoux.

Prove os macarons (R$ 6,90 cada), doce-ícone da França, cujos sabores mais populares dentre os 20 da loja são pistache, red velvet, frutas vermelhas e caramelo. A massa é leve e gostosa, com farinha de amêndoas. Do lado salgado, o campeão de vendas é o croissant (R$ 8), que bate 350 unidades diárias só com o recheio de presunto de parma, queijo brie e geleia de pimenta. Cada porção (cream cheese, morango, figo, pepperoni...) pode ser acrescentada por entre R$ 3,90 e R$ 5,90. Mas quando visitamos a loja, já tinha acabado. “É uma massa de fermentação natural que demora três dias.

A farinha de trigo vem da Europa. É um produto diferenciado”, garante Priscila Sampaio, criadora da marca. A massa do pain au chocolat (R$ 8,50), mesma do croissant, de fato era muito boa. O nome foi pinçado entre mais de 70 sugestões de agências de publicidade. “Queríamos algo que remetesse às madames francesas. Ladoux é uma palavra que não existe e brinca com doce (doux) em francês”, conta ela, que já foi a Paris “umas 5 vezes”.

Destaque para o Caramelo com flor de sal. É excelente. O pacotinho com 75 gramas custa R$ 12,90. O Café Ladoux é boa sobremesa: une expresso, creme de leite, Kit Kat, Ovomaltine e Nutella (150 ml - R$ 19,90). O que não empolgou foram os biscoitos. As línguas de gato (100g - R$ 10,90), por exemplo, poderiam ser mais crocantes. Mas conseguem acompanhar o café.

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De segunda a sábado de 9h às 22h e domingo de 12h às 21h no quiosque da Praça de Alimentação do Salvador Shopping e na loja do Shopping Bela Vista (L2). Insta: /madameladoux. Tel.: 71 3450-5440.

Kawai Poke

Já comeu poke? É um mix de temaki na tigela com salada incrementada. O do Kawai é superincrementado. E gostoso. O que mais gostei foi o Haleiwa Shrimp, que mistura camarão grelhado, arroz, cream cheese, crocante de ervilha c/wasabi (saborosíssimo), cenoura, cebolinha, chips de coco (feito no restaurante) e molho de manga (R$ 35). Muito gostoso, cheio de sabores e texturas. Nem parece que é light. Tem outros a partir de R$ 27. O campeão de vendas é o Ohana Ocean Style (atum e salmão frescos, camarão marinados, com pasta de kani e chips de coco - R$ 36), com cerca de 500 unidades vendidas no mês.

O poke Haleiwa Shrimp do Kawai: mistura de textura e sabores que surpreende bem.

Os drinques foram desenvolvidos pelo mixologista Rafael Pizanti, que já comandou o bar do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Foram baseados na coquetelaria Tiki, com influências polinésias e havaianas. Destaque para o Gran Kahuna (vodca, xarope de coco, abacaxi, sucos cítricos e angostura - R$ 36). As canecas de cerâmica esculpidas com temas tropicais e polinésios são conhecidas por Tiki Mugs. Como nasceu a ideia? “Pegamos onda desde pequenos e o Havaí sempre foi uma grande referência... E há algum tempo percebemos o boom do poke na Califórnia, em Nova Iorque, em Londres...”, diz Raphael Paiva, sócio do restaurante que abriu no fim de outubro e cujo nome significa “o que vem do mar”.

Aliás, não dá para não destacar algumas delícias criadas pela chef Lidia Yoshimoto além do poke. É o caso dos Shrimp Sticks (sticks crocantes recheados com camarão, cebolinha, cream cheese e molho sweet salt - R$ 37,90) e do Octopus Storm (R$ 40), um polvo à galega supermacio e com um toque de laranja. É também o caso do chá gelado com cranberry (o copão custa R$ 8). E do Pineapple Summer Dreams (abacaxi brulée com sorvete de coco verde, raspas de limão e crocante de castanha - R$ 16), sobremesa doce sem ser enjoada.

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De terça a domingo, a partir das 18h. R. Ilhéus, 241, Rio Vermelho. Insta e Face: /kawaipoke. Tel.: 71 3016-1411.

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