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O chef Erick Jacquin criticou a decisão da prefeitura paulista |
Uma das maiores iguarias da culinária francesa está com os dias contados em São Paulo. O foie gras, prato feito com fígado de um pato ou ganso que foi super-alimentado, teve sua produção e comercialização proibida na capital paulista. A lei e aprovada por unanimidade na Câmara e sancionada pelo prefeito Fernando Haddad agradou grupos de proteção aos direitos dos animais e gerou a revolta de chefs renomados como Erick Jacquin, Benny Novak e Paola Carosella. Aprovada na quinta-feira (25), a norma também veta o comércio de artigos nacionais ou importados feitos com pele de animais criados exclusivamente para a extração do couro. Em contato com a Prefeitura de São Paulo, a Revista Veja descobriu que antes da decisão foram analisados precedentes internacionais de proteção das aves do sofrimento no processo de alimentação forçada para a obtenção do foie gras.
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Vários chefs renomados da capital paulista usaram as redes sociais para demonstrar insatisfação. "Adieu foie gras. A gastronomia de São Paulo está de luto", protestou Erick Jacquin, também conhecido por ser um dos jurados do programa Master Chef Brasil, no Instagram. Outra jurada, Paola Carosella também ficou chateada. "Vamos abolir o foie gras, ficar com a consciência tranquila e seguir comendo franguinho que não sabemos como foi criado nem como foi abatido", disse no Twitter. A lei entra em vigor em 45 dias, contatos a partir da quinta-feira e não afeta o consumo ou uso de produtos já adquiridos ou que venham a ser adquiridos fora da cidade. No caso dos itens em couro, a norma não influencia a venda de vestuário, acessório ou calçados fabricados com base na pecuária em geral.