O happy hour desta sexta-feira(3) será ainda mais especial. Hoje é comemorado o Dia Internacional da Cerveja. A data surgiu de uma brincadeira de bar entre amigos, em 2008, nos Estados Unidos, e ganhou adeptos em 50 países, inclusive no Brasil. A ocasião é comemorada sempre na primeira sexta do mês de agosto. Será que você sabe tudo sobre a bebida mais consumida do mundo? Leon Mass, o mestre cervejeiro da cervejaria Ambev, separou 12 curiosidades da cerveja.
1) Mesmo antes de se tornar ingrediente cervejeiro, na Idade Média, o lúpulo já era famoso por suas propriedades medicinais. Um uso tradicional da planta é colocar as flores secas no enchimento do travesseiro – o efeito relaxante proporciona noites de sono tranquilo.
2) O lúpulo, por sinal, é uma canabiácea – planta da mesma família da Cannabis sativa, a maconha.
3) A diferença entre cerveja e chope nada tem a ver com a garrafa e o barril. A cerveja é pasteurizada para resistir vários meses, enquanto o chope não passa por esse processo, que causa pequenas alterações no sabor – altamente perecível, ele deve ser consumido muito fresco e mantido sob refrigeração. Algumas marcas vendem cerveja embarrilada como se fosse chope.
4) Engana-se quem pensa que o uso de milho é uma novidade criada pela indústria cervejeira para baratear e facilitar a produção. O cereal foi acrescentado à cerveja em meados do século 19, por imigrantes alemães nos Estados Unidos. Eles queriam fazer cerveja pilsen – grande sucesso desde o início –, mas a cevada americana tinha mais proteína do que a europeia. Isso resultava em uma cerveja turva e encorpada, justamente o oposto do que se espera de uma pilsen. O milho, então, entrou para suavizar a fórmula. Estava criada a pilsen moderna.
5) Pilsen é o estilo mais vendido nos países que criaram as quatro grandes escolas cervejeiras: Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Estados Unidos. Das marcas mais populares, apenas as alemãs são feitas de puro malte (por exigência legal).
6) No Egito Antigo, os trabalhadores que ergueram as grandes pirâmides eram pagos com cerveja. Sua ração diária era de 5 litros – a cerveja, entretanto, era muito menos alcoólica do que a moderna.
7) Na Idade Média, a cerveja manteve o status de alimento. Um dos poucos alimentos seguros naquela época, pois era fabricada com higiene pelos monges católicos. Na liturgia da Igreja, aliás, a bebida foi incorporada como substituta das comidas sólidas nos períodos de jejum dos clérigos.
8) Os antibióticos, as vacinas e toda a medicina moderna devem muito à cerveja. Eles existem porque o cientista francês Louis Pasteur (1822-1895) resolveu estudar a bebida. Foi nessas que ele descobriu a existência de micro-organismos e os relacionou às doenças.
9) O café da manhã tradicional da Baviera, na Alemanha, consiste de salsicha branca (weisswurst), pretzel, mostarda escura e um copo (ou mais) de cerveja de trigo – chamada weizenbier ou weissbier.
10) Por falar em weissbier, os nítidos aromas de cravo e de banana dessa cerveja não provêm da adição desses ingredientes. O acetato de isoamila (responsável pelo cheiro de banana) e o 4-vinil guaiacol (o cheiro de cravo) são substâncias formadas durante a fermentação da bebida.
11) Outros aromas “fantasmas” da cerveja são o maracujá, a tangerina e o pêssego – entre outras frutas – presentes em algumas IPAs, em especial as de estilo americano. As responsáveis pela salada de frutas são as variedades de lúpulo adicionadas à bebida.
12) O que a cerveja, o café e o chá têm em comum: Os três são bebidas com algum grau de amargor. Os estilos cervejeiros mais amargos, como a IPA, se tronaram populares na esteira do chá e do café – as bebidas da moda na Europa dos séculos 18 e 19.
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Redação iBahia
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