Quando ainda era universitária, a jornalista e blogueira australiana Sarah Wilson percebeu que não conseguia raciocinar bem nas aulas se não comesse pão de canela no café da manhã. A dificuldade a fez observar melhor os próprios comportamentos e concluir que estava viciada em doces. A partir daí, ela iniciou um experimento que resultou no recém-lançado livro “Chega de açúcar” (editora Sextante), no qual ensina um programa de oito semanas para qualquer pessoa se livrar do excesso desse ingrediente na dieta.
O método é polêmico. Sarah Wilson defende que a frutose, tipo de açúcar encontrado nas frutas, é a grande vilã da boa alimentação. Por isso, a ingestão delas deve ser limitada a duas porções diárias. A tese divide especialistas.
— Sem dúvida, o consumo exagerado de açúcar acarreta sérias doenças, mas disseminar a ideia de que a frutose e a glicose causam todos os males e devem ser abolidas da dieta é um erro — opina a endocrinologista Lúcia Flávia Carpilovsky, que acredita que comer de três a cinco porções de frutas por dia, como preconiza a Organização Mundial da Saúde, é a melhor forma de manter a saúde em equilíbrio.
— Nas frutas frescas, a frutose está combinada com fibras, vitaminas e minerais e tem absorção mais lenta, diferente da do açúcar simples. Elas são ótimas opções de alimentos. Já a nutricionista clínica Mari Chicarelli considera adequadas apenas duas porções de frutas por dia. Segundo ela, a frutose em excesso pode desencadear o mesmo processo viciante que outros tipos de açúcar: — Deve-se dar preferência àquelas com baixa carga glicêmica e maior quantidade de cromo, que ajuda na metabolização da glicose e reduz a vontade de comer doces, a exemplo de maçã, pera e ameixa. O açúcar é capaz de criar dependência no organismo porque gera mensagens químicas de bem-estar e prazer no cérebro, fazendo que o corpo queira que aquela sensação se repita com frequência.
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Redação iBahia
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