De acordo com a pesquisa Radar Pet 2021, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), houve um aumento de 30% na quantidade de pets em lares brasileiros, somente neste ano. Acompanhado desse crescimento de animais nos lares brasileiros, está a preocupação, por parte dos pais de pets, em oferecer um ambiente que seja mais confortável e receptivo aos novos integrantes da família.
Para o arquiteto especialista em arquitetura acessível, Márcio Barreto, existem algumas possibilidades para tornar uma residência pet friendly e afirma que o primeiro passo é pensar que o animal precisa de espaço para brincar, correr e se movimentar dentro da casa.
“É primordial pensar num ambiente com espaço livre para isso, mas sem parecer que está faltando móvel e a casa ou apartamento estar por terminar. Nesta situação, integrar os ambientes é uma ótima possibilidade para quem mora em residências pequenas, assim o pet não se sentirá enclausurado e consequentemente triste”, orienta.
O arquiteto pontua que a arquitetura acessível pode ser uma grande aliada neste processo de transformação para deixar o ambiente mais aconchegante e receptivo ao animal. "Para isso, é importante optar por montar o espaço com os móveis essenciais para o bom funcionamento dos ambientes, eliminando os excessos e investindo em boas escolhas”, aconselha.
Para isso, Barreto explica como o ambiente pode ser mais bem aproveitado. “Na sala, por exemplo, tenha um sofá confortável, móvel para dar apoio à TV e mesa de jantar, eliminando mesa de centro, apoios laterais e tapetes. Tudo isso permite deixar o espaço mais livre para o seu pet se locomover e brincar”, acrescenta.
O especialista destaca que uma das preocupações mais recorrentes dos clientes é sobre o conforto dos pets e fala que todos, que possuem o animal em casa, ressaltam a necessidade de espaços em relação aos bichinhos. “Alguns pedem área própria para o banho, enquanto outros desejam um cantinho na varanda para as necessidades deles. Por sinal, neste caso, os animais são fator decisivo para escolhermos o tipo de acabamento que iremos usar no piso e rodapé dos ambientes”, frisa.
Outro ponto apresentado por Márcio Barreto, são as reclamações dos tutores de gatos em relação a alguns estragos causados pelo animal. Neste caso, o especialista destaca que é o extinto dos felinos arranhar, bater e derrubar objetos, e que o ideal é contar com elementos na casa para que eles brinquem com essas atividades, com a finalidade de gastarem suas energias.
“Arranhadores, varinhas e bolinhas são os brinquedos ideais. Além disso, é importante lembrar que os gatos gostam de escalar e pular de um móvel para o outro. Para isso, que tal criar prateleiras que possam apoiar livros e elementos mais pesados, e colocá-las em posições e alturas que também permitam os felinos brincarem?”, pondera.
Como forma de orientar quem deseja ter uma residência pet friendly, o arquiteto fala que alinhar móveis com diversão para o animal é uma possibilidade e que, com muita criatividade, é possível criar vários usos para o mesmo móvel. “Vale salientar que já existem no mercado tecidos resistentes aos arranhões dos pets, então ao pensar em trocar o sofá ou cadeira por conta do estofado danificado, uma possibilidade é reformá-los usando os tecidos mais resistentes e apropriados para a sua necessidade”, finaliza Márcio Barreto.
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Redação iBahia
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