Foto: Divulgação / Secom PMS
Nem nos piores pesadelos dos baianos, Salvador deixaria de ter por dois anos o tradicional carnaval de rua. Por causa da pandemia da Covid-19 e as novas variantes, a cidade da música chega ao segundo ano consecutivo sem a festa nos moldes tradicionais. Mas, como chegamos até aqui?!
O questionamento é um ponto de reflexão, já que com a rotina é difícil analisar o peso dos acontecimentos encarados desde março de 2020. E pensando nisso, o iBahia resolveu fazer um resumo da pandemia e de como vivemos os períodos carnavalescos durante os últimos anos. Confira:
Como chegamos até aqui
O primeiro caso da Covid-19 no Brasil foi registrado no dia 26 de fevereiro de 2020. Aqui em Salvador, o arrastão da Quarta-feira de Cinzas estava sendo finalizado. Mas, os primeiros registros na Bahia só foram feitos no dia 6 de março, na cidade de Feira de Santana. Na sequência, a OMS decretou pandemia mundial.
Carnaval em 2021
A alta vertiginosa do número de casos e de mortes causados pelo novo coronavírus, desde março de 2020, assustou toda a sociedade. Foi neste momento, de instalação de medidas restritivas e lockdown, que o então prefeito de Salvador, ACM Neto, anunciou o cancelamento da maior festa de rua do planeta. Os prejuízos passaram de R$ 1,7 bilhão de reais.
Em relação às estatísticas da doença, só na semana do carnaval, que correspondeu de 11 de fevereiro a 17 de fevereiro de 2021, foram 11 mortes. Quando se analisa o número desde 2020, o número passa dos 67 até o dia 17.
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Já em relação ao número de casos, o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) no dia 18 de fevereiro de 2021, eram 4.017 casos confirmados em todo estado.
Até o final do ano de 2021, chegamos a um patamar pandêmico jamais visto com 1.271.029 casos confirmados desde o início da pandemia. Destes, 1.241.692 já eram casos considerados recuperados, 1.830 encontravam-se ativos e 27.507 óbitos confirmados.
Variantes
Como visto no parágrafo anterior, no ano de 2021, a Bahiaenfrentou momentos complicados e que justificaram o cancelamento da folia, a realização de eventos e até a visitação em espaços públicos. Mesmo com a vacinação já iniciada - que começou no dia 19 de janeiro de 2021 - , a doença não parava e um dos motivos para isso foi a chegada da variante Delta, que chamou ainda mais a atenção dos baianos no dia 26 do mês.
E não parou por aí. No final do ano, uma nova cepa foi registrada. A ômicron foi encontrada em janeiro de 2022 e mudou todo o cenário, já que além dela um surto de gripe se instalou em Salvador.
Carnaval 2022
As incertezas de realização ou cancelamento em torno da folia foram pontos de muitas discussões em Salvador e motivos não faltaram: crise no setor econômico, cultural, empregatício e até de existência e memória.
Será que o carnaval de Salvador sobreviveria a mais um cancelamento? As pessoas iriam conseguir recuperar suas rendas?! Diante das causas e de protestos, o prefeito de Salvador Bruno Reis e o governador Rui Costa anunciaram o cancelamento da festa.
Em contrapartida, os decretos e protocolos viabilizaram a realização de eventos privados e alguns deles serão realizados nesta semana carnavalesca.
Os protocolos autorizam a apenas o fluxo de 1.500 pessoas em espaços que comportem até 50% do total de público. Além disso, a comprovação da vacinação e o uso de máscaras são pré-requisitos para que os baianos aproveitem o modelo de Carnaval Indoor.
O que vai acontecer em 2023? Essa ainda é uma pergunta sem resposta, mas o sonho de ter de volta a maior festa de rua do planeta ainda vibra nos corações de baianos e turistas.
Leia mais sobre o Carnaval de Salvador no ibahia.com
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Redação iBahia
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