Uma inspeção realizada nesta quarta-feira (7), na Barra, no principal circuito de Carnaval de Salvador, constatou a permanência de irregularidades nas passarelas dos ambulantes. A recomendação é de que a estrutura não seja usada até que os problemas sejam resolvidos.
A inspeção foi realizada por uma equipe de arquitetos e engenheiros da Central de Apoio Técnico (Ceat) do Ministério Publico da Bahia (MP-BA). De acordo com o órgão, as falhas comprometem a segurança da estrutura e dos trabalhadores que usarão o equipamento.
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Entre os problemas, estão falhas que, conforme o MP-BA, podem ocasionar acidentes de trabalho. Veja a relação:
- Utilização de pregos na fixação dos compensados de acabamento, o que traz sérios riscos de corte dos pés dos ambulantes.
- Falta de rigidez nos guarda-corpos das escadas e da estrutura, e alguns espelhos das escadas continuam vazados.
- Os guarda-corpos da escada e o superior também permanecem instáveis e a parte inferior da estrutura da passarela está sendo utilizada para armazenamento de cadeiras de praia e outros objetos como sombreiro e botijão de gás.
- A equipe da Ceat constatou ainda que os blocos de madeira continuam no mesmo estado, alguns já apodrecidos e tortos, e alguns pilares continuam sem instalação centralizada.
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“A equipe responsável pela passarela melhorou a condição estrutural, mas não sanou todas as inconformidades evidenciadas. E o que nos causa insegurança é a ausência de projeto técnico estrutural com dimensionamento para possíveis cenários de aglomeração de pessoas”, ressaltou Alexandre Matos.
Apesar do problemas, algumas solicitações feitas pelo órgão foram atendidas, a exemplo da ancoragem da estrutura na contenção de pedra e a instalação de uma segunda linha de apoios em contenção no trecho que anteriormente só tinha apoio estrutural na área de praia.
Em nota, o órgão informou que oficiou a Prefeitura de Salvador e a empresa FGM solicitando o envio dos projetos estrutural e elétrico, além de informações sobre a adequação do que foi identificado nas vistorias.
O MP também oficiou o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) para que envie os relatórios das fiscalizações realizadas hoje e dia 2 deste mês.
“Em razão dessa preocupação estamos de novo oficiando o Município para que junte o projeto estrutural e traga todas as anuências dos órgãos competentes para que tenhamos certeza de que a plataforma poderá ser utilizada. Por enquanto, diante dessa nova vistoria realizada hoje por nossa equipe técnica as inseguranças continuam”, destacou a promotora de Justiça Cristina Seixas.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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