Os registros de crimes cibernéticos foram frequentes no Brasil durante a fase mais crítica da pandemia. Somente em 2021, foram registradas 88 bilhões e 500 milhões de tentativas de ataques cibernéticos, segundo levantamento da Fortinet, empresa americana de cibersegurança. O estudo ainda apontou que, em relação ao ano anterior, houve um aumento de 950% nas tentativas desse crime. Para se proteger dos ataques, que podem levar a prejuízos financeiros, especialista alerta para que usuários estejam atentos e utilizem senhas fortes em contas e aplicativos.
De acordo com Regiane Nascimento, assessora de controles internos da instituição financeira cooperativa Sicredi Expansão, os crimes cibernéticos são amplos e podem resultar em diversos prejuízos, sejam eles financeiros ou de reputação.
“Os crimes cibernéticos são aqueles que utilizam computadores, redes de computadores ou dispositivos eletrônicos conectados para praticar ações criminosas, que geram danos a indivíduos e patrimônios, por meio de extorsão, recursos financeiros, estresse emocional ou danos à reputação de vítimas expostas na internet. Na verdade, a classificação é bem ampla”, conta.
A assessora de controles internos informa que se enquadram na classificação de crime cibernético desde a prática de bullying digital, geralmente feita por meio das redes sociais, ao disparo de malwares, feito por meio de engenharia social ou vulnerabilidade técnica.
Para evitar cair em golpes, ela aconselha o uso de senhas fortes e cuidado ao acessar e-mails e SMS desconhecidos. “Primeiro, mantenha seus dados sempre protegidos. Tenha senhas fortes também; não utilize as mesmas senhas para todos os aplicativos. Por exemplo, se você tem mais de um cartão, mais de uma conta bancária, utilize senhas diferentes, de preferência com letras, números e códigos diferentes. Fique atento aos e-mails que você recebe. Se é contato desconhecido, sempre desconfie, sempre se certifique, jamais clique em links desconhecidos”, orienta.
Regiane Nascimento também ressalta que, atualmente, as investidas criminosas por SMS têm sido comuns e que há golpes por esse meio que são feitos através da oferta de crédito e pedido para que o usuário ligue para um contato 0800. Ela afirma que as instituições financeiras não costumam utilizar essa abordagem. “Se acontecer, jamais clique no link enviado por SMS, jamais ligue para o 0800 e nunca forneça seus dados”, reforça.
Por fim, a especialista explica como as pessoas que caíram em golpes devem agir. “Sua primeira ação, imediata, será alterar todas as suas senhas de todos os aplicativos, de e-mail, de redes sociais e sempre lembrar da importância de utilizar senhas fortes. Depois, notifique suas instituições financeiras, se você tem conta em mais de uma. Notifique a administradora do cartão de crédito, certifique-se também se houve algum lançamento, se houve algum pagamento que não foi você que fez e faça um boletim de ocorrência”, alerta.
Além do cuidado por parte dos usuários da internet, clientes e associados de instituições financeiras, a segurança cibernética também deve ser um dos pilares dessas instituições. No Sicredi, por exemplo, a Política de Segurança da Informação e Segurança Cibernética estabelece diretrizes, regras e controles em todos os níveis da entidade, incluindo o gerenciamento dos riscos de segurança da informação e segurança cibernética. Essa política assegura a proteção das informações do Sicredi.
A cooperativa de crédito ainda disponibiliza para a comunidade uma cartilha de segurança para a prevenção de golpes e fraudes. Essa cartilha pode ser acessada por este endereço: https://www.sicredi.com.br/media/cartilha_de_seguranca_digital.pdf.
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Redação iBahia
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