Tem gente que ainda desconfia do fôlego do Vitória para disputar até o final do Brasileirão uma vaga na Taça Libertadores, mas como disse o atacante Dinei esta semana: "é real". A incredulidade talvez esteja ligada a oscilação que o time viveu durante parte do campeonato, mas é bom lembrar que no returno o time faz grande campanha e alcançou o merecido 5º lugar, com 43 pontos, a seis do G4. Mais importante do que isso, a mentalidade rubro-negra mudou e não se fala em outra coisa na Toca.
Mesmo quando o time ocupou o 14º lugar na 18ª rodada, os jogadores não falavam em outra coisa que não fosse conquistar a vaga no principal torneio de clubes da América. O comando do time mudou, mas a meta seguiu a mesma. Ney Franco substituiu Caio Júnior e abraçou a ideia. "Queremos fazer a melhor campanha do returno para, consequentemente, conseguir a vaga na Libertadores".
O discurso é o mesmo faz algum tempo, mas talvez só agora, a nove rodadas do fim do Brasileiro, os incrédulos passem a acreditar que a utopia virou realidade. "Quero lembrar que desde que o Vitória começou a gente disse que estava montando um time para disputar a Libertadores. O que está acontecendo neste momento é fruto de um planejamento que foi verbalizado desde o início do campeonato. O Vitória investiu muito e isso só esta sendo possível pelo trabalho feito nos últimos anos", afirmou Carlos Falcão, vice-presidente do Vitória, em entrevista ao iBahia Esportes.
Os nove jogos restantes do Leão na Série A deste ano são contra Portuguesa (fora), Fluminense (fora), Corinthians (casa), Ponte Preta (fora), Cruzeiro (casa), Santos (casa), Criciúma (fora), Flamengo (casa) e Atlético-MG (fora). É preciso manter o embalo para não se afastar do pelotão de frente e, além disso, entrar no G4.
"O primeiro passo foi dado. A gente manteve os principais atletas, não permitindo que apesar de algumas propostas eles saíssem do Vitória. Agora, temos que continuar mantendo os salários, imagem e premiações por objetivo em dia, como estamos fazendo até agora. É preciso dar tranquilidade aos atletas. Não podemos permitir que fatores externos ao campo, especialmente frutos de um processo eleitoral que vai se iniciar em breve, contaminem o ambiente", explicou Falcão, acreditando que o trabalho da diretoria no momento é de manter as coisas equilibradas.
"Entendo que o Vitória tem um grupo comprometido. Montamos não só um grupo de altetas, mas de profissionais. A própria vaga histórica para mim é motivação suficiente. Cabe a nós da diretoria continuarmos mantendo o equilíbrio. Mesmo quando a bola não entrou, a gente repetiu isso. Montamos uma equipe competitiva para brigar por essa vaga", completou.
Premiação - O vice-presidente Carlos Falcão não quis entrar em detalhes sobre a premiação por metas aos jogadores e comissão técnica. Perguntado sobre o que foi feito de diferente do ano passado, quando houve um desentendimento entre atletas e direção na reta final da Série B acerca dos valores de premiação, o dirigente negou a existência desse imbróglio e afirmou que tudo não passou de especulação da imprensa. "Tudo já estava definido desde o começo do campeonato", garantiu.
Sem farra - O comprometimento fora de campo dos jogadores do Vitória é primordial para que o time siga na briga pela Libertadores até o final. Em entrevista ao iBahia Esportes, o fisiologista do clube, Valter Abrantes, afirmou que a recuperação física e o descanso são essenciais à esta altura do Brasileirão.
"O principal agora é a recuperação de um jogo para outro. Nossa meta principal é fazer o atleta estar disponível para o próximo jogo, recuperado, descansado, com boa alimentação. Os jogos têm intervalos muito curtos e a intervenção do ponto de vista físico tem que ser a menor possível", explica Abrantes.
Segundo o fisiologista, não há mais como obter evolução física dos atletas nesta reta final de campeonato. "O planejamento para o final do ano é realmente de manutenção da parte física. Não tem que pensar em ganhar. Em certo momento, a gente esquece a questão de evolução. A gente quer que o jogador entre em campo recuperado".
Para Valter Abrantes, o time assimilou bem isso e os atletas do clube estão conscientes que devem se cuidar. "Há uma conversa franca da comissão com os jogadores. O clube vive um momento importante. A gente pede para que eles tenham cuidado, a gente pede cuidado especial com a questão física. Dormir, descansar, recuperar. Os próprios jogadores vivem esse clima do momento e acabam tendo uma preocupação a mais nesta reta final", garante. Leia mais Em jogo duro, Leão despacha o Botafogo no Barradão e cola no G-4 Biancucchi tira onda com tricolor no twitter: "eterno freguês!"
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