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Os impactos da greve da PM também chegaram na venda de abadás e camarotes. O presidente da Associação de Blocos de Trios, Fernando Boulhosa, estima que as vendas tenham caído entre 30% e 40%. “Não quero citar nomes de blocos, mas quem foi na rua viu que a maioria deles passava vazia”, analisou. “A greve aconteceu justamente na época que os turistas costumam fechar os pacotes”. O dono da Central do Carnaval, Joaquim Nery, pontuou que os blocos e camarotes que mais sofreram perdas foram os que dependem basicamente do turismo, como o Camarote do Nana e o bloco Timbalada. “As exceções foram os blocos do Chiclete com Banana, que já têm um público mais fiel. Mesmo assim, foi um público mais baiano o que se viu nas ruas”. Além do Chiclete, a banda Eva também não se abalou com a greve. “Como no ano passado, os blocos Eva e Nu Outro, no dia da banda Eva, esgotaram”, disse Nery. Os números dele foram bem menos alarmantes que os de Boulhosa. Nery estima uma queda nas vendas de 5%, em relação a 2011. Mesmo assim, destaca, foram 150 mil abadás vendidos. Entre mortos e feridos, se deram bem foliões como o jornalista Leonardo Rattes, que usou o facebook para comprar seus abadás por preços mais em conta. Entre os bons negócios de Rattes, um abadá do bloco da Barra, com Claudia Leitte, de R$ 290 por R$ 130, e um do Cerveja & Cia, com Ivete Sangalo, de R$ 450 por R$ 290. Já o advogado Luiz Costa conseguiu arrematar por R$ 550 o Me Abraça, do Asa de Águia. Vendido por R$ 900 na loja, o bloco é o mais caro do Carnaval. “Alguns cambistas aceitam até cartão de crédito”, impressionou-se o turista.