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Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) rejeitaram a última proposta de reajuste oferecida pelo governo. Em assembleia, realizada no auditório da Faculdade de Arquitetura, nesta quarta-feira (18), os 175 docentes aprovaram a continuidade da greve. A proposta foi apresentada pelo governo na última reunião com os representantes dos docentes federais em Brasília, ocorrida no dia 13. Para o comando da greve, os valores anunciados não correspondem aos fatos. Os docentes reivindicam remuneração estruturada de acordo com o avanço do funcionário nos níveis de carreira, com diferença do salário final para o inicial de três a três vezes e meia. Atualmente, o salário mais baixo é de R$ 1.597,92 e o mais alto é de R$ 11.755,05. Com a proposta do governo, o salário mais baixo (em 2015) seria de R$ 1.853,77 e o mais alto (em 2015) seria de R$ 17.057,74. Os reajustes variam entre 24,4% e 45,1% para doutores. Entre os mestres, os aumentos vão variar entre 25% e 27%. No entanto, para o comando da greve, os índices se referem a 2015 e, quando levados em consideração os índices oficiais de inflação, os salários irão apresentar ganhos apenas para algumas categorias de até 11% e para outras perdas de até 11%. Dentre os pontos reivindicados estão a definição em cada instituição dos critérios para avaliação da progressão docente com base na realidade local de cada instituição, não parcelamento do reajuste, e equiparação entre aposentados e ativos e aposentadoria integral. A greve de professores das universidades e institutos federais completou dois meses na terça-feira (17). Na Bahia, além da Ufba, as aulas estão paradas na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Instituto Federal da Bahia (Ifba).