Prefeitura regulamenta atividades de food trucks em Salvador

A atividade dos food trucks da capital foi regulamentada nesta quarta-feira (9) a partir de um decreto assinado por ACM Neto em cerimônia realizada na prefeitura.Salvador é a segunda cidade do país, depois de São Paulo, a regularizar o comércio de alimentos realizado em veículos como trailer, furgões e pequenos caminhões, até então restrita a eventos fechados.O prefeito ACM Neto destacou o reconhecimento dos food trucks como forma de criar opções de entretenimento que levam à ocupação das ruas da cidade. “Tínhamos a população obrigada a ir para os shoppings como única opção de lazer. Nada contra os shoppings, mas uma cidade como a nossa é presenteada por Deus pelo seu contorno geográfico. É possível aproveitar esse potencial e aproveitar a rua”, afirmou Neto.A secretária de Ordem Pública, Rosemma Maluf, esteve no evento e informou sobre os dispositivos da regulamentação. Os veículos devem estar posicionados a uma distância mínima de 50 metros de restaurantes para evitar concorrência predatória e cada pessoa jurídica pode ter no máximo duas licenças. A ocupação também traz exigências quanto ao armazenamento dos alimentos.O presidente da Associação de Food Trucks, Gabriel Lobo, destacou a importância da iniciativa para a economia. “Essa norma vai gerar renda não só para quem está empreendendo, mas também para os empregados”.Procedimentos

Para atuar nas ruas Salvador, os donos dos veículos devem informar para a prefeitura os locais onde pretendem comercializar os produtos. A partir do pedido, a administração municipal vai decidir se concede ou não autorização para que trabalhem no local. Uma mensalidade entre R$300 e R$500 deve ser paga de acordo com o bairro escolhido para estacionar o food truck.A Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), a Secretaria Municipal de Saúde(SMS), a Secretaria Cidade Sustentável (Secis) e a Transalvador ficarão responsáveis pela fiscalização.O vereador Leo Prates foi responsável pelo projeto de lei que regulamenta o ramo. “É um movimento que surgiu em Nova York. Os chefs queriam uma forma de vender com custo menor”, disse Prates. “A partir dessa regulamentação, surgem novos negócios, completou ele. De olho no mercado, o empresário Alex Bacelar já montou uma fábrica, localizada no bairro da Liberdade, para adaptar os veículos de quem tem interesse em investir em seu food truck. “Acreditei que essa regulamentação sairia, montei uma equipe para montar o meu próprio food truck e fui aprimorando”, disse ele, que já fez orçamento para a fabricação de mais de 30 caminhões.D e acordo com Bacelar, o preço para adaptar o veículos varia de R$30 mil a R$120 mil.Depois da cerimônia de assinatura do decreto, alguns food trucks deram uma mostra da sua atividade na praça municipal. O prefeito ACM Neto aproveitou a oportunidade para almoçar em um dos trucks.