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Morre, aos 95 anos, o líder antiapartheid Nelson Mandela

Ele estava recebendo cuidados médicos em sua casa, em Joanesburgo, na África do Sul

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05/12/2013 às 18:56 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:09 - há XX semanas
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Nesta quinta-feira (5), o mundo se despede de um dos maiores líderes da história moderna. Morreu, aos 95 anos, o líder antiapartheid e ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. A morte foi informada pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, na noite desta quinta, segundo a Agência Brasil.
Segundo a Folha Online, há duas possibilidades de onde será o enterro: onde passou a infância, a localidade de Qunu, ou na vila onde nasceu, Mvezo, as quais ficam na província de Cabo Oriental, na costa do oceano Atlântico. Ele passou o seu último aniversário, comemorado no dia 18 de julho, no hospital e a data foi marcada por várias atividades na África do Sul. Após quase três meses internado no Mediclinc Heart Hospital em Pretória, na África do Sul, em função de uma infecção pulmonar, Mandela havia ido para sua casa em Joanesburgo no dia 1º de setembro, onde continuou a receber cuidados intensivos. Esta havia sido a quarta vez desde dezembro do ano passado que Mandela foi hospitalizado. De etnia xhosa, Rolihlahla Madiba Mandela nasceu na cidade de Mvezo, situada na região de Transkei, no dia 18 de julho de 1918. Ele ganhou o nome Nelson quando passou a frequentar a escola. Ele iniciou o curso de bacharel em Direito na Universidade de Fort Hare. Lá, ele conheceu Oliver Tambo, que depois se tornou o seu amigo. Entretanto, Mandela foi expulso da universidade ao se envolver com protestos estudantis. Mandela foi, então, para Johannesburgo, onde concluiu, na Universidade da África do Sul, sua graduação por correspondência. Ele continuou a estudar direito na Universidade de Witwatersrand. Quando ele chegou na cidade, ele percebeu a segregação que a África do Sul vivia na época, em função do regime do apartheid. Também em Johannesburgo, Mandela conheceu um grande amigo, Walter Sisulu. Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid e, em 1942, se uniu ao Congresso Nacional Africano (CNA). Junto com Walter Sisulu e Oliver Tambo, ele fundou, dois anos depois, a Liga Jovem do CNA. Em 1960, o CNA foi considerado ilegal, depois de ter fracassado em campanhas de mobilização não violenta. Por diversas vezes, Mandela foi preso, ficou clandestino e orientou o movimento em direção à luta armada. Em agosto de 1962, Mandela foi preso e teve sentença de cinco anos de prisão por incentivar greves e viajar ilegalmente ao exterior. Já em 1964, foi capturado e levado à ilha-prisão de Robben Island, na costa da Cidade do Cabo, condenado a prisão perpétua por sabotagem e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul. Mandela apenas admite a sabotagem. Nelson Mandela ficou preso por 27 anos, vivendo em uma poeira que danificou seus pulmões. Seu período na prisão foi marcada por sua postura de não querer vingança. Durante o tempo que ficou preso, ele ficou associado à oposição do apartheid. Em vários países, o lema das campanhas contra o apartheid foi "Libertem Nelson Mandela". Ele chegou a recusar revisão da pena durante os anos 1970. Já em 1985, Mandela rejeitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Ele só foi libertado em 11 de fevereiro de 1990, por determinação do então presidente Frederik Willem de Klerk, com ajuda da campanha do CNA e da pressão internacional. Nesta ocasião, ele tinha 72 anos. Ao ser libertado, Nelson Mandela iniciou as negociações referentes à organização de eleições universais e democráticas com o regime. Em 1993, ele e o presidente que o libertou compartilharam o Prêmio Nobel da Paz. Em 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul, sendo o primeiro presidente negro deste país. Ele comandou como presidente do CNA ( julho de 1991-dezembro de 1997) e como presidente da África do Sul (maio de 1994-junho de 1999), a transição do regime de apartheid, conquistando respeito internacional. Mandela teve três casamentos. O primeiro foi com Evelyn, com a qual teve duas meninas e dois meninos. Winnie foi a sua segunda esposa, com quem teve outras duas filhas. Em 1998, casou-se pela terceira vez com Graça Machel, aos 80 anos. Mandela teve 17 netos e 12 bisnetos.

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