Meia nega tapa, mas pede desculpa ao árbitro por "ira"

O sentimento do meia Renato Cajá é de arrependimento. Mas não deixa de ter um pouco de medo também. Citado por agressão na súmula do árbitro Gilberto Rodrigues Castro Júnior, na derrota por 4x1 contra o Ceará, no último dia 17, o jogador do Vitória tocou no assunto pela primeira vez na quarta, em entrevista na Toca do Leão. Demonstrando tranquilidade, Cajá admitiu ter saído do sério e reconheceu o erro, apesar de não concordar com o que foi escrito pelo árbitro.“Nunca é bom agredir. Agora o que ele colocou na súmula, que eu dei um tapa, não é verdade. A mão chegou a tocar no rosto dele, mas não foi um tapa. Foi uma situação de ira ali no clima do jogo, e eu acabei me alterando. Errei mesmo”, afirmou o meia, que, pelo visto nas imagens de TV, realmente não deu um tapa no juiz pernambucano, mas o empurrou com o dedo no rosto.Gancho - O atleta ainda não foi denunciado, mas deve ser enquadrado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): 254-A (agressão física) e 258 (atitudes contrárias à disciplina ou à ética desportiva). O fato de ser uma agressão ao árbitro agrava o ato. Por isso, a pena mínima para Cajá, se punido, é de 180 dias. Para não ficar esse tempo todo longe da bola, o jurídico do Vitória terá que convencer o tribunal a desqualificar a agressão e mudar o artigo no qual o jogador será enquadrado.Cajá acredita que o bom histórico pode ser levado em conta pelo tribunal. “Isso foi algo que nunca aconteceu comigo. Não sou um atleta violento. Espero que seja julgado e não haja nenhuma punição”, diz, esperançoso.Leia maisSem contrato com o Figueira, Wilson é oficializado pelo VitóriaTécnico começa esboço do time para estreia do Baiano; saiba qual é