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Joel se preparava para dormir quando foi alvejado dentro de casa |
Com direção do italiano Max Gaggino e produção do baiano Rodrigo Cavalcanti, chega aos cinemas o documentário Menino Joel na próxima quarta-feira (18), que revela, segundo o diretor, a "memória do frio assassinato de Joel da Conceição Castro, 10 anos, morto em 2010 pela arma de um policial". A sessão para convidados e imprensa acontece às 21h, na Saladearte Cinema da UFBA. Joel se preparava para dormir quando foi alvejado dentro de casa, no Nordeste de Amaralina, um dos bairros mais perigosos de Salvador. Segundo o filme, o tiro saiu da arma do policial militar Eraldo Meneses que, com mais oito homens, disparou contra quase todas as janelas da rua. Ferido no rosto, teve socorro negado pelos policiais. O pai, o capoeirista Joel Castro, assistiu a morte do menino poucas horas depois.
Veja também: confira a entrevista com o cineasta Max Gaggino O filme, um longa-metragem com depoimentos da família, amigos, pesquisadores e personagens da administração pública baiana, refaz a trajetória do pequeno capoeirista na tentativa de desvendar o rastro de destruição deixado por um crime inexplicável. Em meio aos testemunhos, dados sobre a violência no estado, que mostram que casos assim não são raros.
O filme, que estreia em sessão bancada pelos realizadores, não conta com apoios ou patrocínio |
“Acho que o documentário, mais do que impressionar, precisa ser capaz de alterar a percepção das pessoas. Essa é a missão de Menino Joel”, analisa o diretor. “Encontramos grandes barreiras, pois o poder público ainda é o maior financiador de muitos setores da economia. O empresariado teme se comprometer”, explica Cavalcanti.
Menino JoelDireção: Max Gaggino (Max Filmes) Produção: Rodrigo Cavalcanti (Ecletique) Assistente de produção: Jaqueline Bonate