"Despedida valeu mais que os quatro títulos mundiais", diz Popó

Prato de feijão cheio, refrigerante no copo, família toda reunida. Recepção que Acelino Popó Freitas se acostumou nos tempos de campeão mundial e que se repetiu na segunda-feira, após ele retornar da sua luta de despedida, quando nocauteou o paulista Michael Oliveira, em duelo ocorrido na madrugada de domingo, em Punta del Este, no Uruguai. "Agora a despedida tá completa", riu Popó, depois de uma baita garfada no prato do famoso feijão da mãe, Dona Zuleica. Isso tudo porque não bastou o nocaute, a luta quase perfeita, o sonho do filho Popozinho em vê-lo lutar realizado. O ex-pugilista e atual deputado federal chegou a Salvador com direito a recepção com gritos de "o campeão voltou", desfile no carro do Corpo de Bombeiros e encontro com o governador Jaques Wagner. "Pra mim, a despedida valeu mais que os quatro títulos mundiais. Tudo isso foi fruto de um pedido especial, um pedido de um filho. Popozinho é o causador disso tudo", declarou o lutador, lembrando do sonho do filho mais novo.

Popó foi recebido por fãs no aeroporto, desfilou no carro do Corpo de Bombeiro e aproveitou para comer a feijoada da mãe

Momentos - Para Popó, foram diversos os motivos para o sucesso na luta contra Oliveira. "Pela primeira vez, tive preparação física, fiz musculação antes de uma luta. Eu sabia que ia estar fisicamente bem", revelou. Ele enfatizou que, na época de profissional, era acostumado a passar a preparação das lutas sempre tentando perder peso para chegar ao limite das categorias super-penas e leves. Desta vez, não precisou focar nisso. "Curti minha saída, colocar a sapatilha, a bandagem, o incentivo no aquecimento, tudo como se fosse a última luta mesmo. A não ser que apareça outro filho aí...", se divertiu. Popozinho, uma grande figura aos 6 anos, já está satisfeito, mas confessou que ainda tem outro sonho para o pai. "Quero que ele jogue no Barcelona!", disse, arrancando risos gerais na governadoria. Messi que se cuide.