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SALVADOR

Desemprego feminino na Região Metropolitana de Salvador diminuiu em 2011

A queda registrada de quase 2%, entretanto, não significou uma geração de empregos

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06/03/2012 às 19:16 • Atualizada em 06/09/2022 às 18:48 - há XX semanas
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A taxa de desemprego feminino caiu 1,9% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) durante o ano de 2011. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (06) pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na RMS (PEDRMS), da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com o Dieese, com a Fundação Seade e com a Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esportes (Setre). Pelo levantamento, os dados de desemprego diminuíram de 20,5%, em 2010, para 18,6%. A taxa de desemprego feminino diminuiu num ritmo superior aos homens. Neste mesmo período, entre os homens, houve queda no índice desemprego de somente 0,7%, descendo de 12,9% para 12,2%. Apesar disso, as mulheres continuaram sendo minoria entre os ocupados (46,0%) e maioria absoluta entre os que estão fora do mercado de trabalho (58,4%). Além disso, a participação delas permaneceu abaixo da masculina, 49,3% e 64,9% respectivamente. "Os dados nos ajudam a comprovar a desigualdade e apontar para a necessidade de ações que promovam a ascensão da mulher no mercado de trabalho”, avaliou a Secretária de Política para as Mulheres (SPM), Vera Lúcia Barbosa. Para o economista da Pesquisa, Luiz Chateaubriand, as diferenças foram atenuadas, mas ainda é preciso avançar. “O quadro de inferioridade das mulheres persiste nas condições de trabalho, independente do nível de instrução ou condição hierárquica. O número de mulheres desempregadas diminuiu mais que o dos homens, atenuando, mas não aniquilando a desigualdade”, disse. Na visão mais crítica da pesquisadora do Dieese, Ana Margaret, a diminuição da taxa de desemprego feminina se principalmente ao fato de que essa mulheres saíram da faixa da População Economicamente Ativa (PEA). “ [A queda] Não está relacionado à geração de empregos, que cresceu, principalmente em serviços domésticos, onde ganham menos que os homens”. A economista do Dieese lembra que as mulheres perderam mais espaço nos setores mais estruturados, como serviços, em especial no público onde os salários são maiores. Quando o quesito analisado é o salário, houve uma retração de 7,5% na renda média real do trabalhador. Nesse ponto, inclusive, o salário médio feminino em 2011 foi de R$ 886,00 enquanto que o masculino foi de R$ 1.191,0. Isso significou que o rendimento médio por hora auferido pelas mulheres correspondeu a 83,4% do masculino, tendo na indústria a maior diferença (67,6%) e serviços a menor (82,8%). O rendimento médio das mulheres assalariadas correspondeu a 88,4% do rendimento dos homens; entre autônomos, a 61,0%; e entre os empregadores, a 78,9%. Desde 1996, quando a pesquisa foi iniciada, o número de desempregados caiu para 26 mil pessoas (15,3% da PEA). Houve crescimento ocupacional feminino em quase todos os setores econômicos, especialmente na indústria com aumento de quase 17%. Nos serviços domésticos, ocorreu aumento de 15,7% da presença feminina. O principal avanço feminino foi no setor privado com carteira assinada, com destaque para o trabalho autônomo.
A taxa de desemprego feminino caiu 1,9% na Região Metropolitana; o principal avanço foi no setor privado

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